Comparação biomecânica de CRIF e placa de reconstrução na estabilização de fraturas distais de fêmur em cães / Biomechanical comparison of CRIF and reconstruction plate for stabilization of distal femur fractures in dogs

O presente estudo objetivou comparar, biomecanicamente, por meio do ensaio de compressão excêntrica, a resistência dos implantes Clamp and Rod Internal Fixation (CRIF) 5,0mm e placa de reconstrução 3,5mm na fixação de fraturas distais de fêmur de cão. Foram utilizados 22 fêmures de 11 cadáveres de cão entre 2 e 7 anos de idade e peso corporal entre 20 e 40kg e subdivididos em dois grupos, denominados grupo CRIF (GC - 11 fêmures) e grupo placa (GP - 11 fêmures). Para realização dos testes, foi simulada falha que mimetizasse uma fratura distal nos corpos de prova, por meio de uma osteotomia de até 0,5cm, realizada com auxílio de serra oscilatória, imediatamente proximal ao início da tróclea. Os implantes foram fixados segundo os padrões AOSIF, lateralmente ao fêmur, sendo utilizados três parafusos distais e cinco proximais ao foco de fratura. Foi empregado o programa de computador PMI para calcular o ponto máximo de resistência antes da falha e avaliaram-se as variáveis força máxima, deformação máxima real, rigidez, força intermediária e deformação intermediária real. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os GC e GP quanto às variáveis avaliadas, sugerindo que ambos os implantes são boas opções de fixações para tais fraturas.(AU)

This study aims to compare the biomechanical properties, through compression eccentric test, of the resistance of the 5.0mm Clamp and Rod Internal Fixation Implants (CRIF) and 3.5mm reconstruction plate in fixing dog femur distal fracture. It was used 22 femurs from 11 dog cadavers with age between 2 and 7 years old and body weight between 20 and 40kg, subdivided into two groups, called CRIF Group (CG - 11 femurs) and plate group (PG - 11 femurs). A distal fracture in the specimens with a gap of 0.5cm osteotomy, was simulated to perform the test, performed by the oscillating saw, just proximal to the beginning of the trochlea. The implants were fixed by the standards AO / SIF, laterally to the femur, using three distal screws and five proximal to the fracture site. PMI computer program was used to calculate the maximum point of resistance before failure and evaluated the variables maximum strength, real maximum deformation, stiffness, intermediate strength and real intermediate deformation. No statistically significant differences were found between the GC and GP as the variables evaluated, suggesting that both implants are good fixation options for such fractures.(AU)

Mechanical analysis of transversal iliac fracture stabilization using dynamic compression plate or screws and PMM in polyurethane bone model / Avaliação mecânica de estabilização de fratura ilíaca transversa com placa de compressão dinâmica ou polimetilmecatrilato associado à parafusos utilizando modelo de osso sintético de poliuretano

Pelvic fractures correspond to 20 to 30 % of the fractures observed in dogs. Complete fractures, especially with bone axis deviation should be surgically treated. The mechanical study of surgical techniques is of utmost importance to assess the best way of treating these injuries. This study compared, biomechanically, the use of a dynamic compression plate (DCP) and screws (group 1) or screws and polymethylmethacrylate (PMMA) (group 2) to stabilize an iliac fracture using a static test. Sixteen canine synthetic hemi-pelvises (test specimens) with a transverse iliac osteotomy were used. After fixation with implants, a load was applied to the acetabulum until failure. Group 1 maximal compressive load was 133.9±18.60 N, displacement at yield 21.10±3.59mm and stiffness 125.22±12.25N/mm. Group 2 maximal compressive load was 183.50±27.38N, displacement at yield 16.66±5.42mm and stiffness 215.68±33.34N/mm. The stabilization with polymethylmethacrylate was stronger than dynamic compression plate since it resisted a greater load in all test specimens.(AU)

As fraturas da pelve são frequentes em cães, correspondendo a 20-30% das fraturas encontradas na espécie. A grande maioria delas é tratada cirurgicamente, principalmente aquelas que apresentam desvio ósseo. O estudo mecânico das técnicas cirúrgicas é de extrema importância para avaliação da melhor maneira de tratamento destas lesões. O objetivo deste estudo foi comparar, do ponto de vista biomecânico, a fixação das fraturas do ílio utilizando uma placa de compressão dinâmica ou parafusos associados ao polimetilmetacrilato, por meio de um teste estático. Foram utilizadas 16 hemipelves caninas de origem sintética, nas quais uma osteotomia transversa foi realizada no corpo do ílio. As fixações foram divididas em dois grupos: fixação com placa de compressão dinâmica e parafusos (grupo1) ou parafusos associados ao polimetilmetacrilato (grupo 2). Posteriormente à fixação dos implantes foi aplicada uma carga no acetábulo de cada corpo de prova até a falha. O grupo 2 apresentou força máxima de aplicação de carga a média de 133.9±18.60N, deflexão 21.10±3.59mm e rigidez 125.22±12.25N/mm. O grupo 2 apresentou força máxima de aplicação de carga a média de 183.50±27.38N, deflexão 16.66±5.42mm e rigidez 215.68±33.34N/mm. A estabilização com o polimetilmetacrilato mostrou ser mais resistente, pois resistiu a uma maior quantidade de carga em relação à placa de compressão dinâmica, em todos os corpos de prova.(AU)