RÉSUMÉ
Neste trabalho são discutidos os resultados do desenvolvimento de um protótipo de um equipamento adequado para certificação de acordo com as normas brasileiras. O equipamento foi implementado com eletrônica analógica e circuitos digitais de processamento discreto. O protótipo obedece ao mais rígido critério de regulação de potência aplicada ao paciente (10 por cento ou 5 W de erro máximo, o que for menor) da norma brasileira. Uma etapa de potência com saída senoidal, utilizando transistores bipolares em região ativa, foi utilizada em oposição às saídas chaveadas tradicionais (moduladas, geralmente, por largura de pulso - PWM). Estes tipos de saídas são discutidos comparativamente, tanto os aspectos de projeto quanto aspectos referentes às características espectrais e de transferência de potência útil para o paciente. Os problemas encontrados na tecnologia adotada para o estágio de saída são apresentados e suas vantagens e desvantagens discutidas na seção final. Um método inédito de regulação de potência ativa em altas freqüências, que responde às modificações da impedância do tecido sob intervenção eletrocirúrgica em menos de 1 ms também é discutivo em detalhes. Outro aspecto de peculiar dificuldade é o transformador de saída dos equipamentos eletrocirúrgicos, que opera em freqüências acima de 300 kHz, o que faz com que o comportamento de sua impedância intrínseca exija cuidados especiais, sendo apresentadas algumas técnicas e soluções de projeto para o mesmo.