RÉSUMÉ
sendo a doença aterosclerótica a de maior morbimortalidade. Além disso, a aterosclerose pode manifestar-se precocemente dada a presença de dislipidemias, processos inflamatórios e alterações metabólicas como a diabetes. OBJETIVO: avaliar se existem diferenças no remodelamento da HDL e atividade antioxidante entre pacientes diabéticos e não diabéticos com doença aterosclerótica. Ainda, identificar, quantificar e estimar biomarcadores relacionados ao remodelamento de partículas lipoprotéicas e ao risco cardiovascular em função da concentração de colesterol na HDL, colesterol livre total,LDL-C, apoB, apoA-I, atividade da paraoxonase 1 (PON1), razões de risco como TG/HDL-C, LDL-C/ApoB, HDL-C/apoA-I, PON1/apoA-I, apoA-I/ApoB e tamanho estimado de partículas de HDL, LDL, glicemia, insulina e HbA1c. MÉTODOS: foram selecionados por conveniência 69 pacientes do sexo masculino, entre 18 e 75 anos,oriundos da enfermaria de cardiologia do Hospital Ana Neri, subdivididos em dois subgrupos: diabéticos e não diabéticos, ambos, com doença aterosclerótica coronária.Foram utilizadas metodologias enzimáticas, imunoturbidimétricas e nefelometricas nesse estudo. RESULTADOS: dos achados da comparação direta entre os grupos apenas a glicemia de jejum foi significativamente diferente (Teste t; p<0,05). Embora não significante o valor do colesterol não esterificado (CL) foi, em média, quatro vezes maior nos diabéticos quando comparado aos não diabéticos. A análise de correlação linear mostrou achados importantes do ponto de vista fisiológico, como correlação positiva entre CL e HDL-C (r=0,617; p<0,01083) e razão apoA-I/apoB e insulina (r=0,489; p<0,02095) nos diabéticos, e correlação negativa entre PON1/apoA-I com CL (r=-0,499; p<0,0065) e HDL-C com HbA1c (r=-0,444; p<0,0324) nos pacientes não diabéticos. CONCLUSÃO: Os achados desse estudo mostram que o cálculo das razões utilizadas para a análise de risco cardiovascular foram importantes indicadores quando correlacionados com marcadores séricos sugestivos de risco cardiovascular na população masculina diabética deste estudo.
Introduction: cardiovascular diseases affect thousands of people around the world, and atherosclerotic disease is the one with the greatest morbidity and mortality. Furthermore, atherosclerosis may manifest early by the presence of dyslipidemia, inflammatory processes and metabolic disorders such as diabetes. Objective: to assess whether there are differences between HDL remodeling and antioxidant activity from diabetic and nondiabetic patients with coronary artery disease. Also, identify, quantify and evaluate biomarkers related to lipoprotein particles remodeling and cardiovascular risk depending on HDL cholesterol concentration, total free cholesterol, LDL-C, apoB, apoA-I, paraoxonase activity 1 (PON1), and risk ratios like TG/HDL-C, LDL-C/ApoB, HDLC/apoA-I, PON1/apoA-I, apoA-I/ApoB, HDL and LDL estimated particles size, glucose, insulin and HbA1c. Methods: we selected by convenience 69 male patients between 18 and 75 years, from the Cardiology Unit of Hospital Ana Neri, they were subdivided into two groups: diabetic and non-diabetic patients, both with coronary atherosclerosis. In these study were used enzymatic, immunoturbidimetric and nephelometric methodologies. Results: From the findings of the direct comparison between groups only fasting glucose was significantly different (t test; p <0.05). Although not significant, the value of non-esterified cholesterol (CL) was on average, four times higher in diabetics when compared to non-diabetics. Linear correlation analysis showed significant findings, from a physiological point of view, as positive correlation between CL and HDL-C (r = 0.617, p <0.01083) and apoA-I ratio/apoB and insulin (r = 0.489, p <0.02095) in diabetics, and negative correlation between PON1/apoA-I with CL (r = -0.499; p <0.0065) and HDL-C with HbA1c (r = -0.444; p <0.0324) in patients non-diabetic. Conclusion: the findings shows that the calculated ratio´s used for cardiovascular risk analysis were important indicators when correlated to serum markers suggestive of cardiovascular risk in the study diabetic male population.