RÉSUMÉ
OBJECTIVE: Since the relationship between physical activity and sleep quality has been poorly studied in nonagenarians and centenarians, this study sought to relate the sleep quality and physical activity in this age group. METHODS: This is a secondary analysis of the initial assessment of a longitudinal study involving nonagenarians and centenarians in Porto Alegre, Brazil, which included physical activity (yes or no) and sleep quality (altered or normal). The chi-square test, adjusted by logistic regression, was used to investigate the relationship between sleep quality, physical activity, and sociodemographic and clinical characteristics. RESULTS: Among the 233 participants, 26% were physically active and 53% reported altered sleep. Higher frequencies of physical activity and normal sleep occurred in men (36%, p = 0.02 and 54%, p = 0.18), in those living with a caregiver (42%, p = 0.09 and 58, p = 0.51), in those with high school or higher education (33%, p = 0.44 and 58%, p = 0.07), and in those with excellent or good self-perceived health (31%, p = 0.03 and 51%, p = 0.16). Physical activity was lower among those who reported apathy and drowsiness (83%, p = 0.03) and in those who had difficulty falling asleep (66%, p = 0.05). In the adjusted analysis, only education remained significant (p = 0.02, when comparing high school or higher with illiteracy; odds ratio: 3.91 confidence interval 1.18-12.90, p = 0.02). CONCLUSIONS: We observed a low frequency of physical activity and a high prevalence of altered sleep patterns in nonagenarians and centenarians. Factors related greater physical activity were also associated with better sleep quality. High school or higher education was a significant and independent predictor of good sleep quality in nonagenarians and centenarians.
OBJETIVOS: A relação entre atividade física e qualidade do sono é pouco estudada em nonagenários e centenários. Portanto, o presente trabalho busca relacionar a qualidade do sono com a atividade física nessas faixas etárias. METODOLOGIA: Estudo transversal na linha de base de uma coorte longitudinal envolvendo nonagenários e centenários em Porto Alegre (RS), que incluiu atividade física (realiza ou não) e qualidade de sono (alterado e normal). A relação entre qualidade do sono e atividade física e características sociodemográficas e clínicas foi testada pelo χ2 , com análise ajustada pela regressão logística. RESULTADOS: Entre os 233 participantes, 26% realizavam atividade física e 53% referiam sono alterado. Maiores frequências de atividade física e de sono normal foram vistas em homens (36%, p = 0,02 e 54%, p = 0,18), residindo com cuidador (42%, p = 0,09 e 58%, p = 0,51), com ensino médio ou superior (33%, p = 0,44 e 58%, p = 0,07) e ótima ou boa autopercepção de saúde (31%, p = 0,03 e 51%, p = 0,16). A prática de atividade física foi menor entre os apáticos e sonolentos (83%, p = 0,03) e aqueles com dificuldade de iniciar o sono (66%, p = 0,05). Na análise ajustada, apenas a escolaridade se manteve significativa (razão de chance de 3,91 com intervalo de confiança de 1,18 12,90, p = 0,02). CONCLUSÕES: Os nonagenários e centenários apresentaram baixa frequência de atividade física e alta prevalência de sono alterado. Fatores relacionados à maior frequência de atividade física também apresentavam melhor qualidade do sono. Ter nível de escolaridade secundário ou superior foi um fator preditivo de boa qualidade do sono em nonagenários e centenários