RESUMO
RESUMO O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de uma acadêmica com Transtorno do Espectro Autista (TEA) inserida na metodologia Problem-Based Learning do curso de Medicina. Ela foi diagnosticada com TEA aos 20 anos de idade, manifesta déficit na interação social, comprometimento da linguagem, comportamento repetitivo, padrão motor peculiar, alterações na integração sensorial, alterações qualitativas em funções executivas e crises de ansiedade em situações de exposição social, principalmente no ambiente acadêmico. Ela recebeu alguns auxílios e adaptações fornecidos pela coordenação e docentes da faculdade de Medicina, porém ainda são insuficientes para sua total inclusão na realidade da graduação. As pessoas com TEA, ou outras neurodiversidades, possuem dificuldades peculiares; assim, cabe à instituição e ao pessoal envolvido com os processos de ensino-aprendizagem assegurar o acesso, a permanência e a necessidade de implementar medidas que proporcionem ao estudante todo o suporte educacional que faz parte do seu direito. É importante que haja adequação às condições desses estudantes, bem como a capacitação do corpo docente para que seja capaz de lidar com essas pessoas, visando a sua verdadeira inclusão no meio acadêmico e seu aperfeiçoamento para incluí-los no mercado de trabalho.
ABSTRACT The objective of this work was to report the case of an academic student with Autism Spectrum Disorder (ASD) inserted in the Problem-Based Learning methodology of the Medical course. She was diagnosed with ASD at age 20, manifests a deficit in social interaction, language impairment, repetitive behavior, peculiar motor pattern, changes in sensory integration, qualitative changes in executive functions and anxiety attacks in situations of social exposure, mainly in the academic environment. She received some help and adaptations provided by the coordination and professors at the medical school, but they are still insufficient for her full inclusion in the reality of the undergraduate course. People with ASD, or other neurodiversities, have peculiar difficulties; thus, it is up to the institution and the personnel involved with the teaching-learning processes to ensure access, permanence, and the need to implement measures that provide the student with all the educational support that is part of their right. It is important that the conditions of these students are adapted, as well as the training of the faculty so that they can deal with these people, aiming at their true inclusion in the academic environment and their improvement to include them in the job market.
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a função sexual de mulheres submetidas a técnicas de reprodução assistida. MÉTODOS: Estudo caso-controle com 278 mulheres atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás nos serviços de Reprodução Humana e no Ambulatório de Ginecologia. As mulheres foram distribuídas em grupo caso (168 mulheres inférteis) e grupo controle (110 mulheres férteis), e responderam ao questionário Índice de Função Sexual Feminina (IFSF) para avaliação da função sexual. Calculou-se a odds ratio (OR) para a chance de disfunção sexual nas mulheres inférteis (p<0,05). RESULTADOS: Do total de mulheres analisadas, 33,09% apresentaram disfunção sexual e não houve diferença no escore do IFSF (p=0,29). A prevalência de disfunção sexual entre as mulheres inférteis foi de 36,30%, e entre as férteis, 28,18%; contudo, não houve diferença entre os escores do IFSF (p=0,36). Nos domínios desejo e excitação houve diferença significativa nas mulheres inférteis (p=0,01). Mulheres inférteis apresentam a mesma chance de disfunção sexual em relação às mulheres férteis (OR=1,4; IC95% 0,8–2,4; p=0,2). CONCLUSÃO: Não houve diferenças entre as mulheres inférteis quando comparadas às férteis. Mulheres inférteis submetidas a técnicas de reprodução assistida carecem da abordagem profissional sobre a saúde sexual em relação ao desejo e à excitação. .
PURPOSE: To evaluate sexual function in women undergoing assisted reproductive techniques. METHODS: This is a case-control study including 278 women assisted in Human Reproduction services and at the Gynecology Clinic of the University Hospital, Federal University of Goiás, Brazil. The women were divided into a study group (168 infertile women) and a control group (110 fertile women), and they answered the Female Sexual Function Index (FSFI) questionnaire used the assess the sexual function. We calculated the odds ratio (OR) for the chance of sexual dysfunction in infertile women (p<0.05). RESULTS: Out of the analyzed women, 33.09% reported sexual dysfunction, with no difference in the FSFI score between groups (p=0.29). The prevalence of sexual dysfunction was of 36.30% among infertile women and 28.18% among fertile women; however, there was no difference between FSFI scores (p=0.36). The desire and arousal domains were significantly different among infertile women (p=0.01). Infertile women had the same chances of having sexual dysfunction as fertile women (OR=1.4, 95%CI 0.8–2.4; p=0.2). CONCLUSION: There were no differences between infertile and fertile women. Infertile women undergoing assisted reproduction techniques require professional approach to sexual health regarding desire and arousal. .
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Disfunções Sexuais Fisiológicas , Sexualidade , Técnicas de Reprodução Assistida , Serviços de Saúde Reprodutiva , Saúde Reprodutiva , InfertilidadeRESUMO
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae em mulheres submetidas à reprodução assistida em um serviço público de referência da região Centro-Oeste do Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal com 340 mulheres com idade entre 20 e 47 anos, histórico de infertilidade, submetidas às técnicas de reprodução assistida. Foram analisadas as infecções por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae detectadas em amostras de urina pela técnica de PCR e o perfil da infertilidade. Utilizou-se o teste do χ2 ou o teste exato de Fisher para avaliar a associação entre a infecção e as variáveis. RESULTADOS: Observou-se prevalência de 10,9% das mulheres com infecção por Chlamydia trachomatis, sendo que houve coinfecção por Neisseria gonorrhoeae em 2 casos. Mulheres infectadas por Chlamydia trachomatis apresentaram mais de 10 anos de infertilidade (54,1%; p<0,0001). O fator tubário foi a principal causa nos casos com infecção (56,8%; p=0,047). A obstrução tubária foi encontrada em 67,6% dos casos com infecção positiva (p=0,004). CONCLUSÃO: Houve associação da obstrução tubária com a infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, reforçando a necessidade de estratégias efetivas para detecção precoce das doenças sexualmente transmissíveis, principalmente em mulheres assintomáticas em idade fértil. .
PURPOSE: To evaluate the prevalence of Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae in women undergoing assisted reproduction in a public reference service in the midwestern region of Brazil. METHODS: A cross-sectional study was conducted on 340 women aged from 20 to 47 years with a history of infertility, undergoing assisted reproduction techniques. Infections with Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae identified in urine specimens by PCR, and the profile of infertility were analyzed. We used the χ2 test or Fisher's exact test to evaluate the association between infection and variables. RESULTS: The prevalence of Chlamydia trachomatis infection was 10.9%, and Neisseria gonorrhoeae co-infection was observed in 2 cases. Women infected with Chlamydia trachomatis had more than 10 years of infertility (54.1%; p<0.0001). The tubal factor was the main cause in infected cases (56.8%; p=0.047). Tubal occlusion was found in 67.6% of cases with positive infection (p=0.004). CONCLUSION: There was an association of tubal obstruction with infection by Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae, reinforcing the need for effective strategies for an early detection of sexually transmitted diseases, especially in asymptomatic women of childbearing age. .
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Chlamydia trachomatis , Infecções por Chlamydia/complicações , Infecções por Chlamydia/epidemiologia , Gonorreia/complicações , Gonorreia/epidemiologia , Infertilidade Feminina/microbiologia , Estudos Transversais , Hospitais Públicos , Prevalência , Técnicas de Reprodução Assistida , Estudos RetrospectivosRESUMO
A infertilidade masculina não consiste em uma doença, mas sim em uma síndrome multifatorial que abrange uma grande variedade de desordens, que podem ser congênitas ou adquiridas. O fator masculino na infertilidade tem se tomado cada vez mais importante na investigação dos casais inférteis. Tal fato é representado por uma queda considerável na qualidade do sêmen de indivíduos saudáveis e jovens nos últimos anos. As condições mais frequentes associadas à infertilidade masculina podem ser classificadas em pré-testiculares onde as alterações ocorrem no sistema hormonal que impedem a produção de espermatozóides adequados; em testiculares quando doenças acometem o testículo e as pós-testiculares que abrangem problemas no sistema de duetos que transportam os gametas masculinos para o exterior. Um homem fértil pode se tomar ínfértil ou até mesmo estéril devido a problemas ocorridos ao longo da vida. Muitas causas têm sido atribuídas como fatores ambientais e genéticos, sendo este último responsável por cerca de 60% dos casos. Diferentes anormalidades genéticas têm sido identificadas, sendo que atualmente representam uma parte considerável deste problema.