RESUMO
OBJETIVO: Avaliar uma técnica de reconstituição da válvula ileocecal com base em técnicas anti-refluxo vesicoureteral. MÉTODOS: Quatorze beagles foram operados. Em sete foi reconstituída a válvula ileocecal com a técnica proposta e nos outros sete realizou-se apenas a anastomose ileocólica término-terminal. Para avaliar a neoválvula realizou-se o acompanhamento clínico dos cães, a análise microbiológica e o estudo manométrico. RESULTADOS: Clinicamente, durante os 45 dias de pós-operatório, não houve diferença entre os cães com e sem reconstituição da válvula ileocecal. Na análise de bactérias aeróbias, a bactéria predominante foi a Escherichia coli. Quantitativamente, as culturas cresceram de modo irregular, não permitindo a comparação do crescimento bacteriano entre os grupos com e sem válvula ileocecal. A neoválvula apresentou uma pressão de refluxo ileocólica semelhante a da válvula ileocecal fisiológica (P>0,05). Em relação ao grupo sem válvula, as pressões de refluxo da válvula fisiológica e da neoválvula foram significantemente maiores, sendo P<0,05 e P<0,001, respectivamente. CONCLUSAO: A neoválvula ileocecal serviu de obstáculo ao refluxo colo-ileal de maneira semelhante à válvula ileocecal fisiológica.