RESUMO
The relationship between depression and cognitive impairment, frequent after stroke, is complex and has not been sufficiently elucidated. Objective: To review the relationship between post-stroke depression and cognitive impairment. Methods: We performed a PubMed database search spanning the last ten years, using the terms post-stroke depression, cognitive dysfunction, cognitive impairment and neuropsychological tests. Our target studies were original quantitative studies that investigated the relationship between post-stroke depression (PSD) and cognitive impairment in stroke patients. Articles published in English, Spanish, Italian and Portuguese were considered. Selection criteria were the use of neuropsychological tests to assess cognitive function, and of either instruments to diagnose major depression, or scales to assess depressive symptoms, within the first three months after stroke. Results: Six original quantitative studies fulfilled the criteria. The prevalence of PSD within the first three months after stroke ranged from 22% to 31%. Incidence ranged from 25% to 27% and was evaluated in only two studies. PSD was associated with increased cognitive impairment. Cognitive impairment was reported in 35.2% to 87% of the patients. Post-stroke cognitive deficits were reported mostly in executive function, memory, language, and speed of processing. Conclusion: Executive dysfunction and depression occur in stroke survivors, are frequently coexistent, and also associated with worse stroke prognosis. Healthcare professionals need to address andprovide adequate treatment for depression and executive dysfunctions in stroke patients early in the first three monthsafter stroke. Future studies should evaluate the efficacy of programs evaluating the early detection and treatment of PSD and executive dysfunction in stroke survivors.
A depressão e o déficit cognitivo são frequentes após o acidente vascular cerebral. A relação entre as duas condições é complexa e não tem sido suficientemente elucidada. Objetivo: Fazer uma revisão da relação entre a depressão pós-AVC e prejuízo cognitivo. Métodos: Foi realizada uma pesquisa no banco de dados PubMed nos últimos dez anos. Nosso foco foi estudos quantitativos originais que investigaram a relação entre depressão e comprometimento cognitivoem pacientes com AVC. Os termos depressão, disfunção cognitiva, comprometimento cognitivo e testes neuropsicológicos foram usados para pesquisa. Foram considerados artigos publicados em Inglês, Espanhol, Italiano e Português. Os critérios de seleção foram o uso de testes neuropsicológicos para avaliar a função cognitiva com também o uso de instrumentos para diagnosticar a depressão maior ou escalas para avaliar sintomas depressivos nos primeiros três meses após o AVC. Resultados: Seis estudos quantitativos originais preencheram os critérios de seleção. A prevalência de depressão pós-AVC nos primeiros três meses após o AVC variou de 22% a 31%. A incidência de depressão pós-AVC variou de 25% a27% e foi avaliada apenas em dois estudos. A depressão pós-AVC esteve associada com comprometimento cognitivo maisacentuado. Disfunção cognitiva pós-AVC foi relatada em 35,2% a 87% dos pacientes. Déficits cognitivos pós-AVC foramencontrados principalmente em função executiva, memória, linguagem e velocidade de processamento. Conclusão: Adisfunção executiva e a depressão ocorrem em pacientes de AVC, sendo frequentemente concomitantes e associadas a um pior prognóstico. Os profissionais de saúde devem diagnosticar e fornecer um tratamento adequado para a depressão e disfunção executiva nos primeiros três meses após o AVC. Mais estudos devem avaliar a efetividade de programas de detecção precoce e tratamento da depressão e disfunção executiva pós-AVC.