RESUMO
Introdução: As Condições Sensíveis à Atenção Primária à Saúde (CSAPS) são um conjunto de agravos à saúde cujo risco de internações poderia ser reduzido por uma efetiva ação no nível primário. As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas dessas internações. As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas dessas internações. Objetivo: Analisar a tendência temporal das internações por condições cardiovasculares sensíveis à atenção primária (ICCSAP), nos municípios de médio porte do Paraná, entre 2008 e 2017. Métodos: Estudo ecológico, de tendência temporal. As causas das internações no Sistema Único de Saúde foram a hipertensão arterial sistêmica, angina, insuficiência cardíaca congestiva e doenças cerebrovasculares, de residentes com 40 a 74 anos. As taxas anuais de internação foram calculadas por causa, sexo e idade, por 10.000 habitantes, utilizando-se a regressão polinomial. Resultados: Houve tendência decrescente para o total das taxas de ICCSAP, para ambos os sexos e faixas etárias (todos p<0,001). Houve tendência decrescente para HAS (p<0,001), insuficiência cardíaca congestiva (p<0,001), e doenças cerebrovasculares (p<0,01), e crescente para angina (p<0,001). Conclusões: Os resultados sugerem uma redução nas taxas de ICCSAP, exceto para angina. Ressalta-se a importância das ICCSAP como um indicador no monitoramento das doenças cardiovasculares.
Introduction: Conditions Sensitive to Primary Health Care (CSAPS) are a set of health problems whose risk of hospitalizations could be reduced by an effective action at the primary level. Cardiovascular diseases are among the main causes of these hospitalizations. Objective: To analyze the time trend of hospitalization for ambulatory care-sensitive cardiovascular conditions (ACSCC) in medium-sized municipalities in Paraná, Brazil, between 2008 and 2017. Methods: This was an ecological study of time trends. From data collected in the Unified Health System, the analyzed causes of hospitalizations were systemic arterial hypertension, angina, congestive heart failure, and cerebrovascular diseases, of residents aged 40 to 74 years. We calculated the annual hospitalization rates according to the cause, sex, and age, per 10,000 inhabitants, using polynomial regression. Results: There was a decreasing trend for the total rates of ACSCC, for both sexes and age groups (all p <0.001). There was a decreasing trend for systemic arterial hypertension (p <0.001), congestive heart failure (p <0.001), and cerebrovascular diseases (p <0.01), and increasing trend for angina (p <0.001). Conclusions: The results suggest a reduction in rates of ACSCC, except for angina. This study emphasizes the importance of ACSCC evaluation as an indicator of cardiovascular disease monitoring.