RESUMO
Embora o carcinoma espinocelular (CEC) seja a neoplasia mais comum da cavidade oral, os fatores prognósticos deste tumor ainda não são completamente conhecidos. O objetivo do presente estudo foi analisar o padrão de expressão de PNCA e p53 e suas influências na sobrevida de pacientes em CECs da cavidade oral. Cinqüenta e uma amostras de CECs foram analisadas por imuno-histoquímica utilizando-se anticorpos monoclonais contra as proteínas PCNA e p53, e a porcentagem de expressão nuclear foi determinada e correlacionada com as informações clínicas dos pacientes. Todas as amostras foram positivas para PCNA, com uma média de células positivas de 66+/-16,3%, enquanto que 36 das 51 amostras (70,6%) foram positivas para a proteína p53, com uma média de 31.1+/-27,7%. Pacientes com neoplasias com metástases regionais ou com tumores primários grandes (T3 e T4) apresentaram índices de expressão para PCNA significantemente maiores que neoplasias menores ou sem metástases regionais (p<0,05). A expressão de p53 não foi correlacionada com nenhum dos parâmetros analisados. Os resultados do presente estudo demonstraram que a detecção imuno-histoquímica de p53 não apresenta um valor prognóstico para pacientes com CECs orais, enquanto que a expressão de PCNA correlaciona com o tamanho do tumor primário e a presença de metástases regionais
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Neoplasias Bucais/diagnóstico , Antígeno Nuclear de Célula em Proliferação , /uso terapêutico , Carcinoma de Células Escamosas/diagnóstico , Imuno-Histoquímica , PrognósticoRESUMO
Nos dias atuais, grande importância tem sido dada à saúde geral dos pacientes com doenças crônicas, idosos e hospitalizados. A integração entre as diversas áreas da saúde tem resultado na melhor qualidade de vida destes indivíduos. Nos principais hospitais do Brasil e dos países desenvolvidos já existem serviços de Odontologia, em virtude da importância do Cirurgião-dentista junto à equipes de saúde. Este trabalho enfatiza as principais complicações orais dos pacientes que são submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico. As células que são atingidas pela quimioterapia saem do ciclo celular e entram num processo de morte conhecido como apoptose. Tais alterações orais podem ser classificadas como resultado direto do tratamento ou decorrentes da mielosupressão causada por ele. Os efeitos diversos sobre a mucosa oral levam à atrofia epitelial, deixando a mucosa eritematosa e brilhante. O eventual rompimento da integridade da mucosa forma úlceras que são extremamente dolorosas, podendo interromper a quimioterapia ou atuar como porta de entrada para infecções. Os maiores problemas relacionados à estomatotoxidade indireta são as infecções e as hemorragias. As infecções fúngicas, como a candidose, e as virais, como a herpes, são mais freqüentes nestes pacientes e, dependendo da intensidade, poderá haver comprometimento do tratamento e conseqüente prolongamento do tempo de internação destes paciente. Logo, o Cirurgião-dentista participa ativamente da prevenção, diagnóstico e tratamento destas complicações orais