RESUMO
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia do diagnóstico e tratamento de lesões orais entre diferentes níveis de saúde. Material e Métodos: Todas as informações foram obtidas dos prontuários médicos de um Hospital Universitário e de fichas do Sistema Público de Regulação, considerando as características clínico-demográficas tal como, doenças orais diagnosticadas, sistema de referência e terapia empregada. A avaliação foi baseada na relação entre diagnóstico final, hipótese diagnóstica e prioridade para agendamento da consulta, também foi considerado o tempo decorrido entre o encaminhamento e o primeiro atendimento, data do diagnóstico final e início da terapia. Depois, a hipótese diagnóstica preenchida por profissionais de saúde do nível primário e terciário foram comparadas e a concordância entre ambos foi determinada. Resultados: Cerca de 51% dos encaminhamentos preenchidos pelos profissionais da atenção primária estavam incompletos, ou a hipótese diagnóstica estava descrita de forma inadequada. No nível terciário, o tempo médio entre o encaminhamento e a primeira consulta foi de 23 dias, a média entre o diagnóstico final e o início do tratamento foi de 22 dias. O tratamento cirúrgico foi o mais rápido (31 dias) quando comparado a radioterapia para lesões malignas (81 a 100 dias). Conclusão: É necessário melhorar o treinamento de profissionais de saúde da Atenção Básica no reconhecimento de lesões orais malignas. Claramente, o preenchimento adequado das hipóteses de diagnóstico, com o grau de prioridade correspondente acelera o diagnóstico e tratamento do paciente.
Objective: this study aims to evaluate the efficacy of diagnosis and treatment of oral lesions between different healthcare levels. Material and Methods: all information was obtained from the medical records of a University Hospital and Public Health Regulation System regarding clinical-demographic features such as oral diseases diagnosed, referral system and therapy employed. Evaluation was based on the relationship between final diagnosis, diagnostic hypothesis and the priority of medical appointments, time between referral and first appointment, date of final diagnosis and therapy onset. Latter, diagnostic hypothesis fulfilled between primary and tertiary healthcare providers were compared and the agreement between both were determined. Results: about half (51%) of the medical forms filled by primary healthcare professionals were incomplete, or diagnostic hypothesis was inadequately described. At the tertiary healthcare level, mean time between referral and first appointment was 23 days, and mean time between the final diagnosis and treatment was 22 days. Surgical treatment was faster (31 days) when compared to radiotherapy for malignant lesions (81 to 100 days). Conclusion: it is necessary to improve training of healthcare professionals in the primary healthcare regarding the recognition of malignant oral lesions. Clearly, appropriate filling of the diagnostic hypothesis with the corresponding degree of priority accelerates the diagnosis and treatment of the patient.