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Intervalo de ano
1.
Saúde Soc ; 28(2): 67-79, abr.-jun. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1014585

RESUMO

Resumo O objetivo deste trabalho é refletir, a partir de nossa experiência como docentes do curso de graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sobre o ensino dos conteúdos relativos à problemática/às questões de gênero para estudantes em formação profissional na área da saúde. Acatando o desafio proposto neste dossiê, buscamos analisar como esse bacharelado - per se, interdisciplinar - tem sido atravessado cotidiana e praticamente pelas ciências sociais, em particular pelas teorias que abordam o gênero como categoria analítica e importante ferramenta conceitual para uma compreensão crítica e política da realidade social. Acreditamos que tal aprendizado se torna imprescindível para uma atuação mais engajada com as desigualdades sociais em sentido lato (classe, raça/etnia, gênero), como a de futuros sanitaristas ou pesquisadores em saúde, tendo em vista o despertar do interesse e da sensibilidade discentes para o tema. A partir da conexão de suas próprias experiências e vivencias cotidianas como jovens, mulheres e homens, com pertencimentos étnico-raciais distintos, filiação de classe e inserção religiosa, temos assistido um processo de amadurecimento pessoal e profissional em nossos(as) estudantes que nos comprovam a fecundidade do ensino nessa direção.


Abstract The objective of this study is to reflect, based on our experience as teachers of the undergraduate course in Public Health of the Federal University of Rio de Janeiro, on the teaching of gender issues for students under professional training in the health field. By accepting the challenge proposed in this dossier, we sought to analyze how this bachelor's degree-interdisciplinary by nature-has been explored daily and in a practical manner by social sciences, particularly by theories that approach the genre as an analytical category and an important conceptual tool for a critical and political understanding of social reality. We believe that such learning is essential for a more engaged action with social inequalities (class, race/ethnicity, gender) as future sanitarians or health researchers, in order to awaken students' interest and sensibility to the subject. Based on the connection between their own daily experiences as young people, women and men, with distinct ethnic and racial backgrounds, class affiliation and religious inclusion, we have witnessed a process of personal and professional maturity in our students, which proves us the fecundity of teaching in this manner.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Ciências Sociais , Saúde Pública , Capacitação de Recursos Humanos em Saúde , Práticas Interdisciplinares
2.
Physis (Rio J.) ; 24(1): 11-29, Jan-Mar/2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-709884

RESUMO

Neste artigo, analisamos a carreira moral de tratamento do alcoolismo em um serviço público de saúde a partir de depoimentos de homens e mulheres "alcoólatras" sobre a moral da vergonha. A carreira moral é a sequência de mudanças que produzem efeitos na identidade e no esquema de imagens da pessoa para julgar os outros e a si própria. Foram entrevistados 20 pacientes do serviço, sendo dez homens e dez mulheres em acompanhamento ambulatorial e/ou internados. Além disso, observações de campo das relações entre pacientes e destes com os profissionais de saúde foram conduzidas. Aspectos da carreira moral foram analisados, entre eles, a "conscientização" do alcoolismo como doença e da condição alcoólatra e a construção da vergonha e da responsabilidade no contexto de tratamento. A vergonha expressa o reconhecimento dos entrevistados da inobservância de normas sociais, entre as quais, a repercussão do gênero na definição da ética do homem provedor e da boa mãe. Comprovando a dimensão médico-moral do dispositivo terapêutico, a vergonha é reconfigurada nos momentos de (re)internação como expressão da desaprovação de um estilo de vida com a bebida, e se alia ao projeto terapêutico no sentido de dificultar a "recaída" e impedir a desmoralização alcoólatra. Concluímos que a medicalização do alcoolismo se inscreve num campo moral englobante, produtor de moralidades e formas particulares de perceber e agenciar o alcoolismo...


This paper analyzes the moral career of alcoholism treatment in a public health facility, with testimonials from "alcoholic" men and women on the moral of shame. The moral career is the sequence of changes that affect the scheme of identity and images with which a person judges others and herself. We interviewed 20 patients out of which, ten men and ten women, who were either outpatients or hospitalized. Furthermore, field observations of the relationship between patients and those with health professionals were conducted. Moral career aspects were analyzed, among which, the "awareness" of alcoholism and the alcoholic condition as well as the construction of shame and responsibility in the context of treatment. Shame expresses the recognition of respondents about the disregard of social norms, such as the impact of gender in defining both the ethics of the male provider and the good mother. Proving the moral dimension of medical therapeutic device, shame is reconfigured in moments of (re)admission as an expression of a disapproved drinking lifestyle, and joins the therapeutic project in order to hamper the "relapse" and prevent the alcoholic demoralization. We conclude that the medicalization of alcoholism is inscribed in an encompassing moral field that produces moralities and particular ways of perceiving and dealing with alcoholism...


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Alcoólicos/psicologia , Moral , Vergonha
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