Anemia falciforme: cuidados pré, per e pós-operatórios / Sickle cell anemia: pre, per and postoperatory care

Os autores abordam os aspectos fisiopatológicos e os cuidados pré, per e pós-operatórios de pacientes portadores de drepanocitose. Propöem, através de um quadro padronizado, as condutas e cuidados relativos a pacientes cirúrgicos portadores desta doença. Apresentam, ainda uma paciente com drepanocitose, com incterícia obstrutiva por cálculo no colédoco distal, submetida à cirurgia, na qual foi aplicada padronizaçäo proposta, com boa evoluçäo no pós-operatório

Insuficiência renal aguda pós-operatória: estudo comparativo em cirurgia abdominal / Postoperative acute kidney failure: comparative study in abdominal surgery

A insuficiência renal aguda (IRA) foi estudada comparativamente em 582 pacientes portadores de câncer gástrico, hipertensäo portal equistossomótica, peritonite e icterícia obstrutiva, tratados no Hospital das Clínicas da UGMG, no período de 1977 a 1987. A incidência de IRA pós-operatória nesse grupo foi de 4,9% (29 casos). A incidência de IRA pós-operatória foi mais elevada no grupo de pacientes com icterícia obstrutiva (12,5%) e naqueles com peritonite. A mortalidade global dos pacientes com IRA foi de 79,3%, sendo mais elevada em pacientes com hipertensäo portal e mais baixa em pacientes com câncer gástrico. A infecçäo mostrou-se significativa associada à IRA nos pacientes com hipertensäo portal e perionite. No câncer gástrico e icterícia obstrutiva, essa associaçäo näo foi significativa. Os resultados obtidos mostram que a IRA pós-operatória na icterícia obstrutiva é importante fator de morbidade e mortalidade

Morbidade e mortalidade pós-operatórias em icterícia obstrutiva: fatores de risco / Morbidity and mortality in patients with obstructive jaundice: risk factors

Há trabalhos que relatam associaçäo entre bilirrubina total sérica (BTS) pré-operatória maior que 8,1mg por cento, hematócrito (H) pré-operatório menor que 30 por cento ou doença neoplásica (DN) com a presença de complicaçöes e óbito pós-operatórios no paciente com icterícia obstrutiva. Com o objetivo de avaliar esta relaçäo, 72 pacientes tratados cirurgicamente de obstruçäo biliar foram estudados. Os parâmetros avaliados foram idade acima de 61 anos, presença de DN, BTS igual ou superior a 8,1 por cento, H igual ou inferior a 30 por cento, além da presença ou näo de complicaçöes pós-operatórias e óbito. Foi encontrada morbidade de 38,9 por cento e mortalidade de 16,7 por cento. Näo foi encontrada relaçäo estatisticamente significativa entre qualquer dos parâmetros estudados e a morbidade ou mortalidade pós-operatórias. Concluímos que o risco de complicaçäo e óbito é semelhante em qualquer paciente com obstruçäo biliar, estando esse risco ligado à própria doença ou a algum fator näo identificado

Preparo pré-operatório e complicações pós-operatórias em icterícia obstrutiva / Preoperative cares and post-operative complications in obstructive jaundice

Este trabalho avaliou retrospectivamente 55 pacientes portadores de obstrução biliar e nos quais foram utilizados quatro preparos pré-operatórios distintos, com relação ao desenvolvimento ou não de complicações pós-operatórias. A morbidade operatória foi de 38,2 por cento e a mortalidade, 14,5 por cento. A antibioticoterapia isolada ou associada a outras medidas pré-operatórias não mostrou estatisticamente menor incidência de complicações em comparação com os demais grupos. Este estudo sugere que todos os preparos tiveram a mesma eficácia na prevenção das complicações e mortalidade pós-operatórias

Cisto gigante do colédoco tipo Ia / Giant choledochal cyst type Ia

O cisto de colédoco é definido como uma dilataçäo aneurismática do ducto hepático comum, sendo uma entidade clínica relativamente rara, mais freqüente no Japäo. A etiologia, classificaçäo e abordagem cirúrgica permanecem controvertidas. Exitem, aproximadamente, 16 hipóteses para etiologia do cisto, ente congênitas e adquiridas. Os AA däo ênfase a teoria da junçäo pancreatobiliar anômala, permitindo o refluxo de suco pancreático para o colédoco, discordando das teorias adquiridas. Revêem e atualizam a classificaçäo: tipo I, dilataçäo cística do ducto hepático comum (subdividido em três); tipo II, diverticulo do dicto hepático comum; tipo III, coledococele; tipo IV, A - cistos intra e extra-hepáticos, B - cisto extra-hepático associado a coledococele; tipo V, cistos intra-hepáticos (doença de Caroli). É apresentado um caso do tipo Ia gigante, no quel foi realizada hepaticojejunostomia em "Y" de Roux. Os AA. abordam e propöem a técnica cirúrgica adequada para cada tipo