RESUMO
A percepção errônea do real risco teratogênico das drogas às quais as gestantes são expostas pode induzir a erros graves de conduta perante uma gravidez, ou pela interrupção desnecessária da gestação desejada, ou devido às seqüelas permanentes nas crianças. O conhecimento sobre o risco teratogênico é de fundamental importância para a população geral e, principalmente, para a comunidade médica. A percepção do risco teratogênico de quinze fármacos habituais e duas drogas ilícitas foi avaliada entre médicos, estudantes de medicina e mulheres leigas, utilizando-se uma escala visual, na qual os entrevistados assinalaram o risco em percentual de uma criança nascer com anomalia congênita secundária à exposição intra-útero às drogas estudadas. A média da percepção do risco teratogênico para as drogas avaliadas foi maior do que o risco real entre todos os grupos estudados. O risco real de anomalia congênita na população geral foi melhor reconhecido entre os médicos ginecologistas e obstetras. O melhor índice de acerto foi para drogas mais rotineiramente utilizadas durante a gestação (paracetamol e amoxacilina), de acordo com os obstetras.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Perigo Carcinogênico , GravidezRESUMO
O laboratório de Genética Médica do HUPES (Hospital Universitário Professor Edgard Santos) é considerado o Centro de Referência do Estado da Bahia e áreas adjacentes, para detecção de doenças genéticas e aconselhamento. O conhecimento da população referenciada e os instrumentos disponíveis, dentro da nossa realidade e, envolvidos na função mais complexa da genética humana que é o aconselhamento, vão servir de substratos para novos planos e mudanças na estrutura de serviço. Foram avaliados, retrospectivamente, os laudos de 685 atendimentos realizados, entre 1995 a 1999, pelo referido serviço, o que mostrou características peculiares da população assistida, principalmente relacionado à composição racial (76,9% de mulatos), à procedência (44,9% de pacientes procedentes do interior) e ao diagnóstico de doença genética estabelecido em apenas 36,5% dos casos, sendo a maioria (77,7%) baseada apenas em dados clínicos. Conclui-se, de imediato, a necessidade de criação de novos serviços e de investimento nos recursos diagnósticos, oferecendo, assim, o melhor atendimento da população.