RESUMO
Racional - Colonoscópios com magnificaçäo e cromoscopia com índigo carmim vêm sendo utilizados na diferenciaçäo de pólipos colônicos neoplásicos (adenomatosos e adenocarcinomas) dos näo-neoplásicos (hiperplásicos, inflamatórios, juvenis), in loco, antes da realizaçäo do estudo histológico. Por outro lado, ainda foi pouco estudado o uso de colonoscópios convencionais e cromoscopia na prediçäo da histologia destas lesöes. Objetivo - Avaliar o desempenho de videocolonoscópios convencionais com cromoscopia com índigo carmim no diagnóstico diferencial de pólipos colônicos. Métodos - Previamente à polipectomia de pólipos detectados durante exames diagnósticos de rotina, foi realizada cromoscopia com índigo carmim. Se fossem observados sulcos na superfície da lesäo a mesma era classificada como neoplásica. Na ausência deste aspecto, a mesma era classificada como näo-neoplásica. Estas observaçöes foram comparadas com as conclusöes do estudo histológico. Resultados - No período de estudo (18 meses), foram detectados 133 pólipos em 53 pacientes. A cromoendoscopia apresentou, em 126 lesöes, sensibilidade de 56,4 por cento, especificidade de 79,2 por cento, valor preditivo positivo de 81,5 por cento, valor preditivo negativo de 52,8 por cento e acurácia de 65,1 por cento no diagnóstico de lesöes neoplásicas. Conclusäo - Os dados desta série permitem concluir que a cromoscopia com índigo carmim durante a colonoscopia convencional näo é método confiável no diagnóstico diferencial in loco do tipo histológico dos pólipos colônicos
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Adenoma , Pólipos do Colo , Colonoscópios , Colonoscopia , Índigo Carmim , Gravação em Vídeo , Pólipos Adenomatosos , Sensibilidade e Especificidade , Coloração e RotulagemRESUMO
Dentre os vários aspectos epidemiológicos envolvendo pacientes com doença inflamatória intestinal, o tabagismo é o que apresenta associaçao mais consistente com sua ocorrência e evoluçao. A retocolite ulcerativa inespecífica é considerada doença de nao ou ex-fumantes, sugerindo-se que o tabagismo protegeria contra o seu desenvolvimento. Por outro lado, há referências de maior ocorrência de doença de Crohn em fumantes. Sessenta e oito pacientes com doença inflamatória intestinal (36 com retocolite ulcerativa inespecífica e 32 com doença de Crohn) foram analisados quanto ao sexo, idade, escolaridade, profissao, religiao e hábito tabágico. Cento e trinta e seis indivíduos dispépticos compuseram o grupo controle (dois controles/caso), selecionados por características demográficas similares. Todos os entrevistados foram subagrupados, segundo tabagismo, em fumantes, nao-fumantes e ex-fumantes. O questionário ainda avaliou sua relaçao com inicio e atividade da doença inflamatória intestinal e eventual proteçao adquirida, por exposiçao na infância, como, fumantes passivos. Tabagismo protegeu significativamente contra ocorrência de retocolite ulcerativa inespecífica (OR:0,30, P< O,03, IC: 95 por cento), o mesmo ocorrendo em relaçao à doença de Crohn (OR: O,81, P> O,5). Nao houve maior risco para o surgimento da doença de Crohn entre os fumantes desta amostra. Entre os ex-fumantes, 72,7 por cento desenvolveram retocolite ulcerativa inespecífica após interrupçao do tabagismo, contra 44,4 por cento na doença de Crohn. Exposiçao ao tabagismo na infância, nao influenciou na ocorrência de retocolite ulcerativa inespecífica (OR; O,93, P> O,1) e doença de Crohn (OR: O,44, P> O,2). Nossos resultados se assemelham aos dados da literatura em relaçao à proteçao do tabagismo para o ocorrência de retocolite ulcerativa inespecíflca. Estudos experimentais e clínicos com tabaco ou seus produtos demonstrarao possível açao farmacológica e terapêutica nesta doença inflamatória.