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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2013. xxi, 211 f p.
Tese em Português | LILACS, Inca | ID: biblio-1117920

RESUMO

Introdução: O tratamento do câncer de reto localmente avançado é a radioquimioterapia, seguido de ressecção, reduzindo a taxa de recidiva local. Estudos sugerem que a capecitabina, uma droga oral, usada como droga única combinada à radioterapia neoadjuvante em substituição ao 5-fluorouracil e leucovorin (5-FU/LV) intravenoso possa aumentar a taxa de resposta clínica e patológica. Um benefício potencial da regressão tumoral com o tratamento neoadjuvante é a redução da taxa de colostomia definitiva em pacientes com tumores no reto inferior. Objetivo: Comparar o esquema neoadjuvante com capecitabina ao esquema padrão no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) (5-FU/LV em bólus), avaliando a taxa de preservação esfincteriana, complicações cirúrgicas, e o impacto na qualidade de vida. Métodos: Estudo de fase II randomizado, incluindo pacientes com adenocarcinoma retal localmente avançado (T>3 ou N>1, M0) até 10 cm da margem anal pela retossigmoidoscopia foram randomizados no INCA entre os esquemas: (1) capecitabina oral 825mg/m2 2x ao dia 5 dias por semana por cinco semanas e (2) 5-FU/LV IV na dose de 350mg/m2 /20 mg/m2 em bólus do 1º ao 5º dia na primeira e na quinta semanas, ambos concomitantes à radioterapia pélvica 50,4 Gy em 28 frações. Estadiamento clínico realizado antes e após o tratamento neoadjuvante por tomografia computadorizada de tórax, abdome e pelve, ressonância magnética (RNM) pélvica e ecoendoscopia transretal. Operação programada seis a oito semanas após o término da neoadjuvância. Preservação esfincteriana tentada sempre que possível se margens negativas. Avaliação histopatológica pela classificação TNM 7ª edição e incluiu o grau de regressão tumoral (GRT) segundo Mandard. Questionários de qualidade de vida QLQ-30 e QLQ-CR38 foram aplicados antes e após a neoadjuvância, após a operação e no seguimento. Resultados: Entre fevereiro de 2011 e dezembro de 2012, 50 pacientes foram randomizados (25 em cada braço). 49 pacientes foram operados. Os grupos foram equivalentes quanto à idade, gênero, índice de massa corpórea, performance status, antígeno carcinoembrionário, estadiamento, e localização tumoral. Ambos os esquemas foram bem tolerados, apenas uma paciente com toxicidade Grau >3. Regressão do estádio clínico foi mais frequente no grupo 1 (capecitabina) avaliado pela ecoendoscopia (50% vs 17%, p=0,02), assim como a variável T (35% vs 8%, p=0,05). Houve tendência a maior regressão da variável T pela RNM no grupo 1 (44% vs 20%, p=0,07). Não houve diferença entre os grupos quanto a complicações pós-operatórias (29,1% vs 32%p=0,247), e preservação esfincteriana (83,3% vs 84,0, p=1,00). Não houve diferença entre os grupos em relação ao estádio patológico (p=0,552) e ao GRT (p=0,546), mas houve mais resposta completa no grupo da capecitabina (22% vs 8%). Houve melhora da pontuação nos escores de qualidade de vida após o tratamento neoadjuvante, e queda posterior ao tratamento cirúrgico, em ambos os grupos. Conclusão: A radioquimioterapia neoadjuvante com capecitabina é bem tolerada e parece levar a uma maior taxa de resposta clínica. Pode ser substituta ao 5-FU, principalmente quando se pretende maior regressão tumoral, preservação esfincteriana ou aumento de margens, além da conveniência oral.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Neoplasias Retais/terapia , Tratamentos com Preservação do Órgão , Fluoruracila/análogos & derivados , Qualidade de Vida
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