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1.
REME rev. min. enferm ; 23: e-1249, jan.2019.
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1048086

RESUMO

Sob o olhar da saúde pública, a desproporcional carga de doença física e psiquiátrica no sistema carcerário apresenta um desafio e uma oportunidade para ações interdisciplinares em todo o mundo. OBJETIVO: verificar a prevalência e os fatores associados à violência na vida pregressa das reeducandas da Penitenciária Feminina de Campinas-SP. MÉTODO: trata-se de estudo transversal realizado com 1.013 reeducandas. Realizou-se análise de regressão logística múltipla. RESULTADOS: sofreram violência psicológica 40,3% e violência física/sexual 31,2% das mulheres. Cor da pele não branca (OR=1,40; IC95%:1,09 - 1,81), uso de tranquilizante (OR=1,40; IC95%:1,04-1,93), violência física referida antes dos 15 anos de idade (OR=1,40; IC95%:1,05-1,87) e transtorno mental comum (OR=1,95; IC95%:1,47-2,60), associaram-se positivamente à violência psicológica. A prevalência de violência física foi maior nas mulheres solteiras/divorciadas/separadas, naquelas que presenciaram agressão física na infância e com rastreamento positivo para TMC. CONCLUSÃO: entre as demandas específicas do gênero, merece especial atenção a violência contra a mulher, já que é um agravo recorrente, que causa danos irreparáveis à saúde física e psicológica das vítimas, configurando-se em um problema de saúde pública. Ações de promoção da saúde e cultura de paz devem ser trabalhadas desde a infância.(AU)


From a public health perspective, the disproportionate burden of physical and psychiatric illness in the prison system presents a challenge and an opportunity for interdisciplinary action around the world. Objective: to verify the prevalence and factors associated with violence in the previous life of female prisoners of the Campinas Penitentiary for Women ­ SP. Method: this is a cross-sectional study conducted with 1,013 inmates. Multiple logistic regression analysis was performed. Results: 40.3% of the women suffered psychological violence and 31.2% suffered physical/sexual violence. Non-white skin color (OR=1.40; 95% CI: 1.09 ­ 1.81), tranquilizer use (OR=1.40; 95% CI: 1.04-1.93), physical violence reported before 15-year-olds (OR=1.40; 95% CI: 1.05-1.87) and common mental disorder (OR=1.95; 95% CI: 1.47-2.60) were positively associated to psychological violence. The prevalence of physical violence was higher in single/ divorced/separated women, in those who witnessed physical aggression in childhood and with positive CMD screening. Conclusion: among the gender-specific demands, violence against women deserves special attention, since it is a recurring offense that causes irreparable damage to the physical and psychological health of the victims, thus constituting a public health problem. Actions to promote health and peace culture must be worked on from childhood.(AU)


Desde una perspectiva de salud pública, la carga desproporcionada de enfermedades físicas y psiquiátricas en el sistema penitenciario presenta un reto y una oportunidad para la acción interdisciplinaria en todo el mundo. Objetivo: verificar la prevalencia y los factores asociados con la violencia en el pasado de las presas en CampinasSP. Método: estudio transversal con 1.013 reeducandas. Se realizó un análisis de regresión logística múltiple. Resultados: el 40,3% de las mujeres sufrió violencia psicológica y el 31,2% violencia física / sexual. La tez no blanca (OR = 1,40; IC 95%: 1,09 ­ 1,81), el uso de tranquilizantes (OR = 1,40; IC 95%: 1,04-1,93), la violencia física reportada antes de los 15 años (OR = 1,40; IC 95%: 1,05-1,87) y el trastorno mental común (OR = 1,95; IC 95%: 1,47-2,60) está asociados a la violencia psicológica. La prevalencia de violencia física fue mayor en las mujeres solteras / divorciadas / separadas, en aquéllas que presenciaron agresiones físicas en la infancia y con rastreo positivo de trastornos mentales comunes ( TMC). Conclusión: entre las demandas específicas de género, se debe prestar especial atención a la violencia contra las mujeres, ya que es un delito recurrente que causa daños irreparables a la salud física y psicológica de las víctimas, lo que resulta en un problema de salud pública. Deben trabajarse desde la infancia acciones para promover la salud y la cultura de paz. (AU)


Assuntos
Feminino , Prisões , Prisioneiros , Fatores de Risco , Violência Doméstica , Mulheres Maltratadas , Violência contra a Mulher , Fatores Socioeconômicos , Saúde da Mulher
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(11): 3587-3596, Oct. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-974707

RESUMO

Abstract Mental disorders are present in four of the ten main causes of incapacity across the world. This article aims to analyze the prevalence of Common Mental Disorders (CMD) in incarcerated women and associated factors. A cross-sectional study was conducted with a population of 1,013 women incarcerated in a female prison. The prevalence of CMD was assessed by the SRQ-20. The hierarchical logistic regression was the method of analysis used to search for independent associations between sociodemographic, lifestyle, morbidity and violence variables with CMD and strength of association. The prevalence of CMD was 66.7%. The following variables were independently and positively associated with CMD: lack of income, hypertension, tranquilizers, physical inactivity, smoking, scabies/pediculosis, psychological violence in the year before being arrested, and having witnessed psychological violence in the family in childhood/adolescence. Interdisciplinary activities among health, justice and education institutions can contribute to a qualified assessment of women before admission into the prison system. This can enable an approach that does not exacerbate or trigger the onset of CMD, contributing to the improvement in living conditions and for better health and recovery strategies.


Resumo Método Transtornos mentais estão presentes em quatro das dez principais causas de incapacidade em todo o mundo. O objetivo deste artigo é analisar a prevalência e os fatores associados ao transtorno mental comum entre mulheres encarceradas. estudo transversal realizado com uma população de 1.013 mulheres encarceradas em uma prisão feminina. A prevalência de TMC foi avaliada através do SQR-20. O modelo de regressão logística hierárquica foi o método de análise utilizado para verificar associações independentes entre as variáveis sociodemográfica, estilo de vida, morbidade e violência com TMC e sua força de associação. A prevalência de TMC foi de 66,7%. Foram de forma independente e positivamente associadas com TMC as variáveis: falta de renda, hipertensão, uso de tranquilizantes, sedentarismo, tabagismo, sarna/pediculose, violência psicológica no ano antes de ser presa e ter testemunhado violência psicológica na família quando criança/adolescente. Atividades interdisciplinares entre as instituições de saúde, justiça e educação podem contribuir para uma avaliação qualificada das mulheres antes da admissão no sistema prisional, assim como contribuir para a melhoria das condições de vida e de melhores estratégias de saúde e recuperação.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Prisioneiros/psicologia , Violência/psicologia , Transtornos Mentais/epidemiologia , Modelos Logísticos , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco
3.
Rev. bras. epidemiol ; 19(3): 675-678, Jul.-Set. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1042203

RESUMO

RESUMO: No Brasil, em 2012, 6,4% da população carcerária era constituida por mulheres. O objetivo do estudo foi verificar a cobertura do exame de Papanicolaou segundo características sociodemográficas e problemas de saúde referidos entre mulheres encarceradas. Estudo transversal realizado entre agosto de 2012 e julho de 2013. Consideraram-se os registros de 702 reeducandas com idade entre 25 e 64 anos de idade e tempo de reclusão igual ou superior a 12 meses. A média de idade das mulheres entrevistadas foi de 34,7 anos. A realização de citologia oncótica cervical foi referida por 26,3% das reeducandas. Não foram encontradas diferenças nas prevalências segundo variáveis selecionadas. A condição de confinamento possibilita a implementação de ações preventivas, como o oferecimento e a realização do exame de Papanicolaou para a maioria das reeducandas. Os resultados observados são preocupantes e divergem de forma importante daqueles apresentados em diagnóstico nacional sobre a saúde das mulheres encarceradas.


ABSTRACT: In Brazil, in 2012, 6.4% of the prison population was made up of women. The aim of the study was to verify the coverage of the Pap smear according to sociodemographic characteristics and health problems reported among incarcerated women. Cross-sectional study conducted from August 2012 to July 2013, considering the records of 702 inmates aged between 25 and 64 years and the duration of imprisonment (not less than 12 months). The average age of the women surveyed was 34.7 years. The performance of cervical cytology was reported by 26.3% of inmates. There were no difference in prevalence according to selected variables. The containment condition enables the implementation of preventive measures such as offering and realization of Pap smear for most inmates. The observed results are worrying and differ significantly from those presented in the national diagnosis on the health of incarcerated women.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Prisioneiros , Teste de Papanicolaou/estatística & dados numéricos , Brasil , Estudos Transversais , Pessoa de Meia-Idade
4.
Saúde debate ; 40(109): 112-124, tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-788053

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar o perfil sociodemográfico e as condições de saúde de mulheres encarceradas. Método: Estudo transversal com 1.013 mulheres, realizado em penitenciária feminina. Resultados: Idade média de 30,8 anos; baixa escolaridade; cobertura de exame de Papanicolaou e vacinação; altas prevalências de obesidade; Transtorno Mental Comum; e uso abusivo de tabaco. Considerações: Ações de promoção da saúde; prevenção de doenças e atenção aos agravos devem ser desenvolvidas junto a essa população, assim como ações de recuperação social, como estudo e trabalho. Desenvolvimento de pesquisas em instituições fechadas possibilita ampliar o conhecimento e estabelecer parcerias entre a sociedade e o setor prisional.


ABSTRACT Aim: To evaluate the socio-demographic profile and health conditions of incarcerated women. Method: Cross-sectional study with 1,013 women conducted in female penitentiary. Results: The average age of 30.8 years; low level of education; Papanicolaou test coverage and vaccination; high prevalence of obesity; Common Mental Disorder; and abusive use of tobacco. Considerations: Health promoting actions, disease prevention and attention to grievances must be developed with this population, as well as actions towards social recovery, such as study and work. Research development in closed institutions allows for expanding knowledge and establishing partnerships between the society and the prison sector.

5.
Epidemiol. serv. saúde ; 25(2): 301-310, abr.-jun. 2016. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-785213

RESUMO

OBJETIVO: analisar fatores de risco para doença cardiovascular em servidores de instituição prisional. MÉTODOS: estudo transversal com amostra de 127 servidores de ambos os sexos; foram estimadas as razões de prevalência (RP) ajustadas por idade e escolaridade, e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). RESULTADOS: observaram-se maiores proporções de circunferência da cintura acima dos valores recomendados (58,1%) e de acúmulo de dois fatores de risco, no sexo feminino (33,8%); entre os homens, observaram-se maiores prevalências de níveis alterados de glicose (RP=10,73 - IC95% 1,31;87,92) e de pressão arterial (RP=2,63 - IC95% 1,31;6,50). CONCLUSÃO: os fatores de risco para doenças cardiovasculares encontrados nos servidores avaliados foram circunferência de cintura e níveis da glicose e pressão arterial acima dos valores recomendados; esses fatores de risco para a saúde podem ser enfrentados com medidas de promoção e prevenção de agravos, somadas à efetiva atenção com aqueles que já se encontram doentes.


OBJECTIVE: to analyze risk factors for cardiovascular disease in prison institution staff. METHODS: this was a cross-sectional study with a sample of 127 staff of both sexes; prevalence ratios (PR) were estimated adjusted for age and education, as were the respective 95% confidence intervals (95%CI). RESULTS: higher proportions of waist circumference ratios were found above the recommended values (58.1%) and the accumulation of two risk factors for females (33.8%); among males there was higher prevalence of abnormal glucose levels (PR=10.73 - 95%CI 1.31;87.92) and blood pressure (PR=2.63 - 95%CI 1.31;6.50). CONCLUSION: the risk factors for cardiovascular disease found among staff in this study were waist circumference, glucose levels and blood pressure above the recommended values; these health risks can to be addressed through health promotion and disease prevention measures, as well as effective attention to those who are already sick.


OBJETIVO: analizar factores de riesgo para enfermedad cardiovascular en servidores de una institución penitenciaria. MÉTODOS: estudio transversal de 127 servidores de ambos sexos; fueron estimadas razones de prevalencia (RP) ajustados para edad y educación e, intervalos de confianza al 95% (IC95%). RESULTADOS: observamos mayores proporciones de circunferencia de cintura encima de los valores recomendados (58,1%) y acumulación de factores de riesgo en mujeres (33,8%); entre los hombres, hubo mayor prevalencia de niveles anormales de glucosa (RP=10,73 - IC95% 1,31;87,92) y presión arterial (RP=2.63 IC95% 1,31;6,50). CONCLUSIÓN: los factores de riesgo para enfermedades cardiovasculares en los servidores evaluados fueron circunferencia de cintura, niveles de glucosa y presión arterial encima de los valores recomendados; los servidores tienen riesgos de salud que deben ser abordados a través de acciones de promoción y prevención, sumados a una atención efectiva en personas ya enfermas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Doenças Cardiovasculares , Saúde Ocupacional , Prisões , Índice de Massa Corporal , Prevalência , Estudos Transversais/métodos , Fatores de Risco , Circunferência da Cintura
6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 14(2): 587-594, mar.-abr. 2009.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-504679

RESUMO

Este estudo procurou analisar a percepção da violência doméstica referida por mulheres vítimas desse tipo de violência e comparar com a percepção de gestantes, vítimas ou não desse evento, assim como buscar subsídios para o planejamento e execução de estudo de coorte sobre violência doméstica entre gestantes. Realizamos pesquisa qualitativa exploratória com seleção intencional dos sujeitos, utilizando-se a técnica de grupo focal. Os sujeitos constaram de vinte e quatro mulheres subdivididas em dois grupos: (1) treze mulheres acompanhadas no Centro de Referência e Apoio às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e (2) onze mulheres grávidas atendidas no pré-natal de Unidade Básica de Saúde, selecionadas independente de serem ou não expostas à violência. Os conteúdos das falas das mulheres foram organizados em categorias temáticas e analisados, tendo-se percebido que a compreensão sobre violência doméstica é expressa de forma semelhante por mulheres, que vivenciem ou não a situação. A compreensão e discussão dos tópicos propostos para esses grupos possibilitaram o desenvolvimento de uma abordagem mais adequada das mulheres pesquisadas. O conteúdo das perguntas e sua formulação foram considerados de fácil compreensão pelas mulheres de ambos os grupos.


This study sought to compare the perception of domestic violence of women, victims of this kind of violence, with the perception of pregnant women, victims or not of domestic violence, as well as to search for elements allowing for the planning and execution of a cohort study on domestic violence among pregnant women. A qualitative exploratory research was conducted using the technique of convenience sampling for selecting a focal group. The subjects were twenty four women divided into two groups: (1) thirteen women from a follow-up group from a Referral Center for victims of domestic violence, and (2) eleven pregnant women that were participating in the pre-natal care program in a primary care unit, selected independently of suffering domestic violence or not. The data collected were transcribed, conceptually decoded and qualified for qualitative analysis. The contents of the women's discourse were analyzed on the basis of thematic categories. It was observed that domestic violence was perceived in a similar way by both studied groups, independently from the fact of having or not experienced a situation of this kind. The understanding and discussion of the topics proposed for the groups allowed developing a more appropriate approach to the studied women. The way the questions were formulated in the questionnaire was considered of easy understanding by both groups of women.


Assuntos
Feminino , Humanos , Gravidez , Maus-Tratos Conjugais , Brasil , População Urbana
7.
Rev. saúde pública ; 42(5): 877-885, out. 2008. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-493842

RESUMO

OBJETIVO: Identificar os fatores associados à violência doméstica contra gestantes. MÉTODOS: Foram entrevistadas 1.379 gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde acompanhadas em unidades básicas de saúde no município de Campinas (SP). Foram analisadas a primeira e a segunda entrevistas de um estudo de coorte, aplicando-se questionário estruturado sobre violência doméstica validado no Brasil, de julho de 2004 a julho de 2006. Foram realizadas análise descritiva e regressão logística múltipla dos dados. RESULTADOS: Do total da amostra, 19,1 por cento (n=263) das gestantes reportaram violência psicológica e 6,5 por cento (n=89) violência física/sexual. Os fatores associados à violência psicológica foram: parceiro íntimo adolescente (p<0,019) e gestante ter presenciado agressão física antes dos 15 anos (p<0,001). Foram associados à violência física/sexual: dificuldade da gestante em comparecer às consultas de pré-natal (p<0,014), parceiro íntimo fazer uso de drogas (p<0,015) e não trabalhar (p<0,048). Os fatores associados à violência psicológica e física/sexual foram: baixa escolaridade da gestante (p<0,013 e p<0,020, respectivamente), gestante responsável pela família (p<0,001 e p=0,017, respectivamente) gestante ter sofrido agressão física na infância (p<0,029 e p<0,038, respectivamente), presença de transtorno mental comum (p<0,001) e parceiro íntimo consumir bebida alcoólica duas ou mais vezes por semana(p<0,001). CONCLUSÕES: Constataram-se altas prevalências das diferentes categorias de violência doméstica praticada pelo parceiro íntimo durante o período gestacional, assim como, com os diversos fatores a elas associados. Mecanismos apropriados para identificação e abordagem da violência doméstica na gestação são necessários, especialmente na atenção primária.


Assuntos
Feminino , Gravidez , Humanos , Gravidez , Maus-Tratos Conjugais , Mulheres Maltratadas , Violência Doméstica , Brasil , Estudos Transversais , Fatores de Risco
8.
J. pediatr. (Rio J.) ; 84(1): 60-67, Jan.-Feb. 2008. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-476710

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar se a violência doméstica na gestação está associada a desfechos desfavoráveis na saúde do lactente, medidos pelo baixo peso ao nascer ou prematuridade. MÉTODO: Estudo de coorte prospectiva, realizado com gestantes que fizeram pré-natal em 10 Unidades Básicas de Saúde do município de Campinas (SP), durante os anos de 2004 a 2006. Foi utilizado questionário estruturado e validado no Brasil. As gestantes tiveram, no mínimo, duas e, no máximo, três entrevistas realizadas durante pré e pós-natal. Foi utilizada análise descritiva dos dados. O teste t de Student foi utilizado para comparar as médias do peso ao nascer e da idade gestacional entre os grupos de gestantes que sofreram, durante a atual gestação, violência doméstica e aqueles que não sofreram. A análise de regressão logística foi utilizada para verificar os fatores associados ao baixo peso ou prematuridade. RESULTADOS: Foram acompanhadas durante o período de pré-natal e pós-natal (n = 1.229) 89,1 por cento das gestantes; 10,9 por cento representam as perdas de acompanhamento, basicamente por mudança de endereço. O peso médio ao nascer foi de 3.233 g; idade gestacional foi em média 38,56 semanas. Apresentaram baixo peso ao nascer ou prematuridade 13,8 por cento dos recém-nascidos. Condições de risco para baixo peso ao nascer ou prematuridade foram: gestante ter tido recém-nascido prematuro em outra gestação (p < 0,005), ser tabagista (p < 0,001), ter tido parto por cesárea (p < 0,001), ser baixa a escolaridade do parceiro (p < 0,008). CONCLUSÃO: Neste estudo, não foi observada associação estatisticamente significativa entre violência doméstica perpetrada pelo parceiro e baixo peso ao nascer ou prematuridade.


OBJECTIVE: To investigate whether domestic violence during pregnancy is associated with unfavorable infant health outcomes, measured by low birth weight or prematurity. METHODS: This was a prospective cohort study enrolling pregnant women whose prenatal care was provided by 10 basic health units in the city of Campinas, SP, Brazil, between 2004 and 2006. A structured questionnaire was employed that had previously been validated for use in Brazil. Each mother attended a minimum of two and a maximum of three interviews during the prenatal and postnatal periods. Data were analyzed using descriptive statistics. Student's t test was used to compare means for birth weight and gestational age between mothers who had suffered domestic violence during the current pregnancy and those who had not. Logistic regression analysis was employed to identify factors associated with low birth weight or prematurity. RESULTS: During the prenatal and postnatal periods, 89.1 percent (n = 1,229) of the pregnant women were followed up, 10.9 percent being lost to follow-up, basically due to changes of address. Mean birth weight was 3,233 g; mean gestational age was 38.56 weeks. A total of 13.8 percent of the infants had low birth weight or were premature. Conditions associated with risk of low birth weight or prematurity were: mothers who had previously given birth prematurely (p < 0.005), who smoked (p < 0.001), who delivered by caesarian (p < 0.001) and whose partners had a low educational level (p < 0.008). CONCLUSIONS: In this study, no statistically significant association was observed between domestic violence perpetrated by partners and low birth weight or prematurity.


Assuntos
Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Masculino , Gravidez , Recém-Nascido de Baixo Peso , Nascimento Prematuro/epidemiologia , Maus-Tratos Conjugais/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Estudos Prospectivos , Nascimento Prematuro/etiologia , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários
9.
Rev. saúde pública ; 39(3): 406-412, jun. 2005. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-405318

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar os fatores associados à prática de amamentação no primeiro dia em casa após a alta hospitalar. MÉTODOS: Foram realizadas 209 entrevistas com mães de lactentes, com idade até quatro meses de vida, residentes em Itapira, SP, no momento em que levaram seus filhos para serem vacinados durante a Campanha Nacional de Vacinação, em 1999. Utilizou-se de análise exploratória dos dados, teste do qui-quadrado. Verificou-se associação entre as variáveis dependentes e independentes por análise de regressão logística. RESULTADOS: Observou-se, que a idade média das mães foi de 25,5 anos e 18,2% eram mães adolescentes. Nasceram por parto vaginal 53% dos lactentes, sendo a maioria (78,5%) em hospital municipal. Constatou-se que 78,1% dos lactentes no primeiro dia em casa encontravam-se em aleitamento materno exclusivo e 11,6% já haviam consumido outros alimentos. O único fator associado à maior chance de estar amamentando exclusivamente no primeiro dia em casa foi o fato de a mãe ser adolescente e primípara (OR=9,40; IC 95% (OR)=1,24-71,27), ajustado para o tipo de parto e hospital de nascimento. Em relação ao uso de leite artificial no primeiro dia em casa, a mãe atendida no hospital municipal teve menor chance de usar leite artificial (OR=0,33; IC 95% (OR)=0,13-0,86), mesmo após o controle para o parto vaginal. CONCLUSÕES: No primeiro dia em casa após alta hospitalar, adolescentes primíparas tiveram maior chance de amamentar exclusivamente, assim como aquelas crianças que nasceram no hospital municipal. Sugere-se a realização de outros estudos, que contemplem uma abordagem multidisciplinar.


Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Aleitamento Materno , Assistência Perinatal , Recém-Nascido , Distribuição de Qui-Quadrado
10.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 3(1): 85-93, jan.-mar. 2003. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-345706

RESUMO

Objetivos: analisar as práticas alimentares no primeiro ano de vida e fatores associados ao aleitamento materno e ao aleitamento materno exclusivo, no município de Itapira, SP. Métodos: inquérito realizado em 1999 com 679 lactentes menores de 12 meses no Dia Nacional de Vacinação como parte do projeto Amamentação & Municípios. A associação entre o aleitamento e as variáveis independentes condições de nascimento, uso de mamadeira, chupeta e característica maternas, foi verificada por meio de regressão logística múltipla. Resultados: a idade média da mãe foi de 25,5 anos, sendo 41,8 por cento primíparas e 51,7 por cento dos partos cirúrgicos. O peso médio ao nascer foi de 3.223g. Observou-se que 98,1 por cento dos lactentes foram amamentados nos primeiros 30 dias, porém houve introdução precoce de chá, água e outros leites. A prevalência do aleitamento materno exclusivo foi de 64,8 por cento no primeiro mês, caindo para 45 por cento e 30,1 por cento aos quatro e seis meses, respectivamente. Aos 12 meses 61,6 por cento dos lactentes eram amamentados. As variáveis associadas ao desmame foram: usar chupeta (OR 5,58; IC95 por cento: 3,94-7,89), baixo peso ao nascer (OR 2,74; IC95 por cento: 1,46 - 5,13) e hospital de nascimento (OR 1,76; IC95 por cento: 1,22 - 2,52). Para interrupção da amamentação exclusiva, nos primeiros seis meses, os resultados foram: usar chupeta (OR 4,41; IC95 por cento: 2,57 - 7,59) e parto cesárea (OR 1,78; IC95 por cento: 1,09 - 2,91). Conclusões: a prevalência observada, do aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo, ainda está distante das atuais recomendações d OMS.


Assuntos
Alimentação com Mamadeira , Aleitamento Materno , Lactente , Inquéritos Nutricionais
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