RESUMO
Abstract Background Cardiovascular diseases are the leading cause of mortality among adults. Evidence has shown that sedentary behaviors are the main preventable outcome, however, many sedentary children also become sedentary adults. Therefore, identifying potential risk factors as early as possible contributes to therapeutic success. Objective To achieve an anthropometric and cardiovascular mapping of school-age students from Sergipe State, Brazil. Methods A school-based cross-sectional study with a representative sample from public schools in the state of Sergipe (n= 4700). Anthropometric and blood pressure measurements were performed, and the Global School-based Student Health Survey was used to assess the physical activity level. An independent samples t-test was performed for all comparisons, and significance was established at 5% (p<0.05). Results Despite showing mean blood pressure values within reasonable limits (SBP = 114.1±12.4 mm Hg and DBP = 66.3±8.1 mm Hg), school-age students did not comply with global recommendations for health promotion. It was also observed a high rate of low body weight (42.6%), suggesting dietary compromises, which can interfere with the development of this population. In addition, only 7.3% of students met the minimum physical activity criteria proposed for maintaining their health status. Conclusion The findings of the present study emphasize the importance of maintaining Physical Education classes as an essential curricular component, since they provide several health benefits and ensure that this population reaches the minimum daily recommendations, preventing diseases in adult life. (Int J Cardiovasc Sci. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Exercício Físico , Saúde do Estudante , Fatores de Risco de Doenças Cardíacas , Educação Física e Treinamento , Estudantes , Magreza , Pesos e Medidas Corporais , Brasil , Estudos Transversais , Comportamento Sedentário , Hipertensão/prevenção & controle , Hipertensão/epidemiologiaRESUMO
O exercício físico é recomendado no tratamento da hipertensão arterial. Agudamente, a execução do exercício promove aumento da pressão arterial (PA), mas, no período de recuperação pós-exercício, é possível evidenciar redução da PA e, principalmente, após um período de treinamento físico crônico, pode haver diminuição da PA clínica e de 24 horas dos hipertensos. Apesar desses efeitos serem conhecidos, sua magnitude e mecanismos dependem do tipo de exercício executado e de suas características. Este artigo revê os efeitos agudos e crônicos clássicos do exercício aeróbico e os efeitos mais recentemente estudados dos exercícios resistidos isométrico e dinâmico na PA, seus mecanismos e fatores de influência, ressaltando os pontos que embasam as recomendações atuais sobre o uso do exercício na hipertensão arterial. O conhecimento atual demonstra que: 1) o exercício aeróbico promove aumento da PA sistólica durante sua execução, gera hipotensão pós-exercício clinicamente relevante e reduz a PA clínica e de 24 horas após o treinamento; 2) o exercício resistido isométrico promove aumento progressivo da PA sistólica e diastólica durante sua execução, não produz hipotensão pós-exercício consistente e reduz a PA clínica após o treinamento, mas esse efeito hipotensor ocorre com um protocolo específico de exercício de handgrip; e 3) o exercício resistido dinâmico promove grande aumento da PA sistólica e diastólica durante sua execução, gera hipotensão pós-exercício cuja relevância clínica ainda precisa ser comprovada e parece diminuir a PA clínica, mas não a ambulatorial, após o treinamento. Face a esses conhecimentos, o treinamento aeróbico complementado pelo resistido dinâmico é recomendado na hipertensão
Physical exercise is recommended for hypertension treatment. Acutely, exercise execution increases blood pressure (BP), but, during the recovery period, BP decreases, and after a chronic training period, clinic and ambulatory BP may decrease in hypertensives. Despite these known effects of exercise, their magnitude and mechanisms depend on the type of exercise and its characteristics. This article reviews the classical acute and chronic effects of aerobic exercise and the more recent knowledge about isometric and dynamic resistance exercises on BP, its mechanisms and factors of influence, highlighting the aspects underlying exercise recommendations for hypertension. Current scientific knowledge shows that: 1) aerobic exercise increases systolic BP during its execution, produces a clinically significant post-exercise hypotension, and chronically decreases clinic and 24-hour BP; 2) isometric resistance exercise produces a progressive increase in systolic and diastolic BP during its execution, does not promote consistent post-exercise hypotension, and decreases clinic BP after training, but this hypotensive effect results from a specific protocol of isometric handgrip; and 3) dynamic resistance exercise produces a huge progressive increase in systolic and diastolic BP during its execution, promotes post-exercise hypotension with questionable clinical relevance, and seems to decrease clinic but not ambulatory BP after training. Based on this current knowledge, regular aerobic exercise complemented by dynamic resistance exercise is recommended for hypertension
Assuntos
Exercício Físico , Pressão Arterial , Hipertensão , Volume Sistólico , Débito Cardíaco , Fatores de Risco , Frequência Cardíaca , HipotensãoRESUMO
INTRODUÇÃO: A hipotensão pós-exercício (HPE) é considerada uma estratégia não farmacológica adotada para redução da pressão arterial (PA). Ademais, sabe-se que a presença de alguns polimorfismos genéticos influencia a resposta pressórica, como o I/D do gene da enzima conversora da angiotensina (ECA). Objetivo: Analisar a influência do polimorfismo I/D da ECA sobre a HPE após três diferentes intensidades de exercício em jovens normotensos e fisicamente ativos.MÉTODOS: Vinte e seis jovens saudáveis (DD = 11; ID/II = 15) realizaram uma sessão máxima de 1.600 metros, na pista de atletismo e outras três sessões experimentais (Sessão Moderada: 6% abaixo do limiar anaeróbio, Sessão Intensa: 6% acima do limiar anaeróbio e Sessão de Controle), com aferições prévias da PA, por 20 minutos e posteriores ao exercício por 60 minutos.RESULTADOS: Observou-se que o exercício moderado ocasionou HPE independentemente do grupo genotípico, sendo mais evidente para a pressão arterial sistólica nos momentos 45 minutos e 60 minutos (p ≤ 0,05). Verificou-se também que a característica gênica exerceu influência sobre a área abaixo da curva pressórica (p ≤ 0,005) sobre a pressão arterial diastólica, formada 1 hora após o exercício.CONCLUSÃO: Conclui-se que o exercício moderado ocasiona HPE em jovens normotensos e fisicamente ativos, independentemente do polimorfismo I/D no gene da ECA, sendo que esse polimorfismo exerce influência sobre a hipotensão diastólica, e os indivíduos portadores do alelo I apresentam maior decaimento da PA diastólica (PAD).
INTRODUCTION: The post-exercise hypotension (PEH) is considered a non-pharmacological strategy adopted for lowering blood pressure (BP). Moreover, it is known that the presence of some genetic polymorphisms, such as the I/D of the angiotensin converting enzyme (ACE) gene, can influence the blood pressure response. Objective: Analyze the influence of the ACE I/D polymorphism on PEH after three different exercise intensities in normotensive and physically active young people.METHODS: Twenty-six healthy young men (DD=11; ID/II=15) performed a maximal 1600 meters running session in a athletics track and another three experimental sessions (Moderate Session: 6% below the anaerobic threshold, Intense Session: 6% above the anaerobic threshold, and a Control Session) with previous measurements of BP for 20 minutes and after the exercise for 60 minutes.RESULTS: It was observed that moderate exercise has brought on PEH, regardless of genotype group, being more evident for systolic blood pressure at 45 minutes and 60 minutes (p≤0.05). It was also found that the genic characteristics has influence on the area under the pressure curve (p≤0.005) for the diastolic blood pressure, formed 1 hour after exercise.CONCLUSION: It is concluded that moderate exercise causes PEH in normotensive and physically active young men, regardless of I/D polymorphism in the ACE gene, that this polymorphism influences the diastolic blood pressure, and that subjects with the I allele have a greater drop in diastolic BP (DBP).
INTRODUCCIÓN: La hipotensión post-ejercicio (HPE) es considerada una estrategia no farmacológica aprobada para bajar la presión arterial (PA). Además, se sabe que la presencia de determinados polimorfismos genéticos, tales como el polimorfismo I/D del gen de la enzima convertidora de angiotensina (ECA), influyen en la respuesta de la presión. Objetivo: Analizar la influencia del polimorfismo I/D del gen de la ECA en la HPE después de tres intensidades diferentes de ejercicio en los jóvenes normotensos y físicamente activos.MÉTODOS: Veintiséis jóvenes sanos (DD = 11; ID / II = 15) realizaron una sesión máxima de 1.600 metros en pista de atletismo y tres sesiones experimentales (Sesión Moderada: 6% por debajo del umbral anaeróbico, Sesión Intensa: 6% por encima del umbral anaeróbico y una Sesión de Control), con mediciones anteriores de PA durante 20 minutos y después del ejercicio, durante 60 minutos.RESULTADOS: Se observó que el ejercicio moderado ha producido HPE independientemente del grupo de genotipo, siendo más evidente para la presión arterial sistólica en 45 minutos y 60 minutos (p ≤ 0,05). También se encontró que la característica génica ejerce influencia en el área bajo la curva de presión (p ≤ 0,005) para la presión arterial diastólica, formada 1 hora después del ejercicio.CONCLUSIÓN: Se concluye que el ejercicio moderado provoca HPE en jóvenes normotensos y físicamente activos, independientemente del polimorfismo I/D del gen de la ECA, y que este polimorfismo tiene influencia en la presión arterial diastólica y los portadores del alelo I presentan mayor deterioro PA diastólica (PAD).
RESUMO
INTRODUCTION: After a single session of physical exercise the blood pressure is reduced (post-exercise hypotension, PHE) and it has been considered as a non-pharmacological mechanism to control the blood pressure. When the exercise is performed since youth it can prevent or avoid hypertension. However, it is important to consider studies with clear practical applications to optimize its reproducibility on a daily basis. OBJECTIVE: Analyze the PEH of normotensive and physically active young men after two track running sessions (maximum and submaximal). METHODS: Participated in this study 62 physically active young men (23.3 ± 4.2 years old; 75.5 ± 9.8 kg; 177.7 ± 5.5 cm; 12.0 ± 4.6% body fatF; 52.4 ± 4.0 mL.kg-1.min-1oxygen uptake), which performed a maximum laboratory exercise test for determination of maximal oxygen uptake (VO2max - aerobic power) and subsequently three randomly running sessions (maximum - T1600; submaximal - T20; control - CON), with 48h interval between themselves. Blood pressure (BP) was measured each 15min during a 60 min period after sessions. RESULTS: Both the maximum and the submaximal exercise lead to PEH. The post-exercise values of systolic blood pressure and diastolic blood pressure differed from resting value in session T20 (p<0.05). The same pattern occurred after T1600 (p<0.05), evidenced from 30th minute post-exercise. The CON did not result in PEH. The magnitude of decay for the mean BP at the 45th after maximum exercise was higher than the other sessions (p<0.05). CONCLUSION: We concluded that both maximum and submaximal exercises, performed on a track running condition, caused PEH in young normotensive and physically active men. .
INTRODUÇÃO: Após uma única sessão de exercício físico a pressão arterial é reduzida (hipotensão pós-exercício, HPE) e esta redução é considerada como um mecanismo não farmacológico para controlar a pressão arterial. Quando realizado desde a juventude, a atividade física pode prevenir ou evitar o surgimento da hipertensão arterial. Contudo, é importante considerar a realização de estudos com aplicações práticas claras para que seja otimizada a sua reprodutibilidade durante o dia-a-dia. OBJETIVO: Analisar a HPE em indivíduos jovens, normotensos e fisicamente ativos após duas sessões de corrida em pista (máxima e submáxima). MÉTODOS: Participaram deste estudo 62 homens fisicamente ativos (23,3 ± 4,2 anos; 75,5 ± 9,8 kg; 177,7 ± 5,5 cm; 12,0 ± 4,6% de gordura corporal; 52,4 ± 4,0 mL.kg-1.min-1 consumo de oxigênio), os quais foram submetidos a um teste de exercício laboratorial para determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max - potência aeróbica) e subsequentemente três sessões aleatórias de corrida (máxima - T1600; submáxima - T20; controle - CON), com 48h de intervalo entre elas. A pressão arterial foi aferida a cada 15 min durante um período de 60 min após as sessões. RESULTADOS: Ambos os exercícios (máximo e submáximo) proporcionaram HPE. Os valores pós-exercício da pressão arterial sistólica e diastólica diferiram dos valores de repouso na sessão T20 (p<0,05). O mesmo padrão ocorreu após o T1600 (p<0,05), evidenciado no 30.º minuto pós-exercício. A sessão CON não resultou em HEP. A magnitude do decaimento para a pressão arterial média no 45.º minuto após o exercício máximo foi maior que nas demais sessões (p<0,05). CONCLUSÃO: Concluímos que ambas as sessões de corrida em pista, máxima e submáxima, proporcionaram HPE em homens normotensos e fisicamente ativos. .
INTRODUCCIÓN: Después de una única sesión de ejercicio físico la presión arterial es reducida (HPE) y esta reducción es considerada como un mecanismo no farmacológico para controlar la presión arterial y, cuando realizado desde la juventud, puede prevenir o evitar la aparición de la hipertensión arterial. Sin embargo, es importante considerar la realización de estudios con aplicaciones prácticas claras para optimizar su reproducibilidad durante el día a día. OBJETIVO: Analizar la HPE en individuos jóvenes, normotensos y físicamente activos después de dos sesiones de carrera en pista (máxima y submáxima). MÉTODOS: Participaron en este estudio 62 hombres físicamente activos (23,3±4,2 años, 75,5±9,8 kg, 177,7±5,5 cm, 12,0±4,6% de grasa corporal, 52,4±4,0mL.kg-1.min-1), los que fueron sometidos a un test de ejercicios de laboratorio para determinación del control máximo de oxígeno. (VO2max - potencia aeróbica) y subsiguientemente tres sesiones randomizadas de HPE (máxima - T1600; submáxima - T20; control - CON), con 48 horas de intervalo entre ellas. La presión arterial fue medida a cada 15 minutos durante un período de 60 minutos después de las sesiones. RESULTADOS: Ambos ejercicios (máximo e submáximo) proporcionaron HPE. Los valores post-ejercicio de la presión arterial sistólica y diastólica difirieron de los valores de reposo en la sesión T20 (p<0,05). El mismo patrón ocurrió después del T1600 (p<0,05), evidenciado en el 30º minuto posterior al ejercicio. La sesión CON no resultó en HEP. La magnitud de decaimiento para la presión arterial promedio en el 45º minuto posterior al ejercicio máximo fue mayor que en las demás sesiones (p<0,05). CONCLUSIÓN: Concluimos que ambas sesiones de carrera en pista, máxima y submáxima, proporcionaron HPE en hombres normotensos y físicamente activos. .