RESUMO
Os autores apresentam estudo cego prospectivo, realizado mediante seleçäo de gestaçöes entre 15 e 40 semanas, sem intercorrências clínicas ou obstétricas, divididas em mäes fumantes e nÒo fumantes, avaliando a incidência de sinais de maturidade placentßria em diversas faixas gestacionais dos dois grupos. A amostra é composta por 326 grávidas, 131 fumantes e 195 näo fumantes, atendidas no serviço de Obstetrícia da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiánia-Goiás, no período de janeiro a maio de 1990. Todas elas se submeteram a exame ultrassonográfico para registro da idade gestacional e do grau de maturidade placentária segundo critério de Grannum. Observou-se efeito significativo do tabagismo no nível de maturaçäo da placenta, que se mostrou antecipada entre as fumantes e influenciada pela intensidade de exposiçäo ao fumo. Conclui-se que o tabagismo se associa ao ssurgimento prematuro de sinais de senescência placentária e a indícios de insuficiência funcional do órgäo, sendo essencial intensificar o combate ao vício no ciclo gravídico.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Idade Gestacional , Placenta/efeitos dos fármacos , Fumar/efeitos adversos , Estudos Prospectivos , Método Simples-CegoRESUMO
Foram analisados comparativamente três grupos de gestantes, constituídos por fumantes ativas, näo-fumantes e fumantes passivas, em estudo prospectivo realizado na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia - Goiás. Investigou-se a influência do tabagismo sobre o peso, estatura, perímetros craniano e torácico, vitalidade, hematócrito e níveis de hemoglobina do recém-nascido por ocasiäo do nascimento, bem como peso e área de inserçäo placentária e grau de nutriçäo materna. Identificou-se entre as gestantes prevalência de 33,5 por cento de fumantes ativas e de 32,90 por cento de fumantes passivas. Constatou-se, em síntese, que peso e medidas antropométricas foram consideravelmente menores nos conceptos de mäes tabagistas em relaçäo aos de mäes abstêmicas e fumantes passivas. Näo se observou, nas amostras estudadas, associaçäo relevante entre o hábito materno de fumar, vitalidade do recém-nato, duraçäo da gestaçäo, peso e área placentária. Encontrou-se maior incidência de desnutriçäo entre gestantes tabagistas. Hematócritos e taxas de hemoglobina apresentaram-se também mais elevados nos conceptos pertencentes ao grupo de grávidas fumantes. Näo foram verificadas diferenças significativas entre recém-natos de mäes abstêmicas e de fumantes passivas quanto aos parâmetros avaliados. Concluiu-se que o tabagismo é responsável por consequências nocivas à saúde do produto conceptual, sendo imperioso o esclarecimento das gestantes sobre os efeitos adversos desse vício