RESUMO
RESUMO INTRODUÇÃO: O derrame pleural neoplásico é caracterizado pelo acúmulo anormal de líquido com células malignas no espaço pleural. Pode ser assintomático porém, seu principal sintoma é a dispneia. As causas mais frequentes de neoplasias com derrame pleural maligno são: carcinoma broncogênico, neoplasia mamária, mesotelioma, linfoma de Hodgkin, leucemias, tumores de ovário e carcinomas do trato digestivo. OBJETIVO: Realizar uma revisão da literatura sobre os derrames pleurais neoplásicos e o uso da pleurodese como opção de tratamento. MÉTODO: Foi realizada revisão da literatura, retrospectiva, com os dados coletados entre os meses de maio a agosto de 2019, utilizando as palavras-chave "pleurodese", "derrame pleural neoplásico" e "talco" no portal de periódicos da CAPES e na Cochrane. Revisado 39 artigos dos quais foram incluídos 14 artigos publicados nos últimos 15 anos. DISCUSSÃO: Para os casos inéditos de derrame pleural maligno e sintomático, deve-se realizar toracocentese de alívio. A pleurodese está indicada em pacientes sintomáticos, com derrame de repetição e expansão pulmonar adequada. O talco é o agente esclerosante de escolha na realização da pleurodese, devido seu baixo custo, disponibilidade, fácil administração, poucas complicações e boa efetividade. Atualmente, o talco é aplicado por toracoscopia ou pelo dreno, neste caso, sob a forma do talco "slurry" (suspensão de talco). O talco slurry é a forma de escolha, quando comparado ao talco em pó, pois apresenta menos efeitos colaterais, com eficácia semelhante. CONCLUSÃO: A pleurodese em derrame neoplásicos se destina à remissão dos sintomas, com melhora da qualidade de vida. Não tem efeito no prognóstico do paciente e aumento de sua sobrevida. Palavras-Chave: Pleurodese. Talco. Derrame pleural maligno