RESUMO
Uma revisão de 1583 espécimens de apêndice vermiforme examinados em três diferentes serviços de patologia em um período de sete anos e meio foi feita, revelando quatro casos de adenocarcinoma primários, que foram analisados. O objetivo do trabalho foi chamar a atenção sobre o problema do adenocarcinoma do apêndice, que ainda raro, deve estar na mente do cirurgião, já que o enfoque do tratamento é completamente diferenciado das demais situações cirúrgicas deste órgão. Para tal procurou-se fazer um levantamento pormenorizado da literatura sobre os diferentes aspectos da questão, acrescentando 4 experiências do próprio autor deste trabalho. A faixa etária variou de 46 a 75 anos, com a média de 56,5. Foram analisados apenas os adenocarcinomas primários do apêndice vermiforme, sendo exlcuídos os de localização tumoral secundária (metásticos). Também não considerou-se os chamados tumores adenocarcinóides, por razões a serem discutidas mais adiante. Esse estudo mostrou uma incidência bastante alta (0,25%) se comparar com o restante da literatura: Collins obteve 0,08% para 71.000 apêndices examinados, Guilhome et al 0,1% em 9.380 apêndices estudados, assim como Burgess & Done em 10. 526 apendicectomias e Rutledge et al chegaram a 0,2% em 3474 apendicectomias.