RESUMO
Determinar a freqüência e o tipo de comprotimento ocular em pacientes portadores de hanseníase no momento do diagnóstico. Metodologia: O estudo foi realizado na Fundaçäo Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro) e avalia 77 casos classificados como multibacilares. O exame oftalmológico foi realizado de acordo com o sistema de classificaçäo de discapacidades recomendado pela Organizaçäo Mundial de Saúde. Resultados: Referiam queixas especificas 36,3 (por cento): dor e ardência ocular, lacrimejamento e dificuldade para enxergar. Em 55,8 (por cento) dos pacientes foram detectadas alteraçöes oculares no exame oftalmológico. A diminuiçäo da sensibilidade da córnea, que predispöe a ulceraçäo e opacificaçäo, foi a alteraçäo mais frequênte 29,3 (por cento). Conclusäo: os achados desta pesquisa demonstram a gravidade e a alta freqüência das lesöes oculares nos casos avaliados e alertam para a importância do exame oftalmológico como rotina em portadores de hanseníase multibacilar