RESUMO
OBJETIVO: Analisar os testes usados na prática clínica de rotina para diagnóstico de isquemia miocárdica na predição do desenvolvimento de eventos cardíacos em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). MÉTODOS: A ocorrência de eventos cardíacos (novo infarto do miocárdio [IM], procedimentos de re-vascularização miocárdica, insuficiência cardíaca congestiva, edema agudo de pulmão, morte súbita e morte após IM ou edema pulmonar) foi avaliada prospectivamente em uma coorte de 135 pacientes com DM2 após até 7 anos de acompanhamento. Na condição basal, a doença arterial coronariana (DAC) foi avaliada pelo questionário cardiovascular da OMS, eletrocardiograma de repouso e cintilografia do miocárdio sob stress. RESULTADOS: 48 eventos cardíacos foram observados em 41 pacientes (10,5 eventos/100 pacientes-ano). No modelo de risco proporcional de Cox apenas a presença de sintomas de DAC no questionário cardiovascular da OMS isoladamente (RR= 2,13, 95% CI 1,114,07, P= 0,022) ou em combinação com anormalidades no ECG de repouso (RR= 2,03, 95% CI 1,053,92, P= 0,034) ou cintilografia do miocárdio (RR= 1,89, 95% CI 1,0013,57, P= 0,050) predisseram eventos cardíacos, ajustados para a glicemia de jejum, pressão arterial média, índice de massa corporal, doença vascular periférica e nefropatia diabética. CONCLUSÃO: O questionário cardiovascular da OMS, um procedimento simples para o diagnóstico da DAC, é um preditor significativo de eventos cardíacos em pacientes com DM2.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , /congênito , Isquemia Miocárdica/diagnóstico , Inquéritos e Questionários , Estudos de Coortes , Eletrocardiografia , Isquemia Miocárdica , Valor Preditivo dos Testes , Estudos Prospectivos , Fatores de RiscoRESUMO
Avaliar a taxa de exreção urinária de albumina e a taxa de filtração glomerular em pacientes com apenas um rim e diabete tipo 2 e em pacientes não diabéticos com um rim...
Assuntos
Humanos , Nefropatias Diabéticas/prevenção & controle , Albuminúria , Estudos de Coortes , Diabetes Mellitus Tipo 2/complicações , Taxa de Filtração GlomerularRESUMO
O uso de bicarbonato de sódio no tratamento da cetoacidose diabética ainda é discutível e há poucos dados na literatura sobre este assunto. O objetivo do presente trabalho foi analisar retrospectivamente os aspectos evolutivos de pacientes com cetoacidose grave (pH arterial < 7,1) tratados ou nao com bicarbonato. Foram identificados 11 pacientes que receberam bicarbonato de sódio (60 a 350 mEq) durante o tratamento da cetoacidose diabética e outros 11 pacientes que nao receberam tratamento alcalinizante. Os pacientes de cada grupo eram semelhantes em relaçao a idade, proporçao de sexos, tipo e duraçao de diabete, níveis glicêmicos e de acidose metabólica na admissao. Os pacientes que receberam bicarbonato nao diferiram dos que nao receberam este tratamento quanto ao tempo de recuperaçao da glicemia (7,8 ñ 6,5 vs 6,1 ñ 3,7 horas), tempo de desaparecimento da cetose (40,7ñ 19,1 vs 34,6 ñ 15,5 horas), a dose total de insulina empregada (223 ñ 132 vs 202 ñ 134 unidades), quantidade total de líquidos infundidos (l2,7 ñ 5,6 vs 12,3 ñ 4,6 litros), assim como, o número de episódios de hipopotassemia (2/8 vs 2/8) e de hipoglicemia (2/9 vs 1/9). Ocorreram 2 casos de óbito, ambos no grupo de pacientes que recebeu bicarbonato. O uso de bicarbonato nao esteve associado a qualquer benefício terapêutico e, portanto, nao há justificativa para o seu emprego rotineiro no tratamento da cetoacidose diabética.