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Rev. bras. psicanál ; 52(4): 31-48, out.-dez. 2018. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1288771

RESUMO

Pensando em promover intervenções na cultura e na comunidade, surgem reflexões sobre os psicanalistas como agentes que produzem transformações subjetivas - portanto, do contexto social de que fazem parte. Pondo em tensão as regras de neutralidade e abstinência, o psicanalista aparece como um ator que, exercendo uma política, a da psicanálise, promove mudanças ante o estado de coisas que, objetivadas previamente, produzem sofrimento. O psicanalista não é demandado: ele se autodemanda, motivado por avaliações que têm a ver com o valor da vida, da comunidade, em que cada sujeito é parte vincular da trama social. A partir dos termos promover, intervenção, comunidade e cultura, tenta-se dar conta da dimensão do convite a participar ativamente de fenômenos que são sintoma de modos de poder e de vínculos, que devem ser postos em diálogo para, pelo menos, tentar mudanças mínimas na tensão entre as autonomias social e individual. E, sobretudo, propõe-se a necessidade de uma psicanálise que ponha os pés na lama e que não tema o intercâmbio com os representantes do poder da vez, vencendo tabus e ideologias impeditivas de qualquer mudança por estarem à espera de utópicos tempos ideais.


As a way of promoting interventions in Culture and Community, the author sees psychoanalysts as agents who produce subjective transformations. As such, they bring changes to their social context. When psychoanalysts cause tension over rules of neutrality and abstinence, they appear as someone who exercises politics, the Politics of Psychoanalysis. This Politics of Psychoanalysis promotes changes in the state of things which, once objectified, cause suffering. The psychoanalyst is not requested to do, but he requests himself. He is motivated by appreciations that are related to the value of life, of the community in which each subject is a part who weaves social network. The author starts from words, such as to promote, to intervene, community, and culture, as an attempt to emphasize the importance of inviting subjects to actively be part of phenomena. These phenomena are symptoms of different forms of power or bonds, which must dialogue as an attempt at promoting at least minimum changes in the tension between social and individual autonomies. The author proposes, above all, the need for a psychoanalysis “with its feet in the mud”, i e. a psychoanalysis which does not fear the exchange with those who represent the power; a psychoanalysis which overcomes taboos and ideologies that allow no changes because they keep waiting for the ideal and utopian times.


Pensando en promover intervenciones en la cultura y en la comunidad, surgen reflexiones sobre los psicoanalistas como agentes que producen transformaciones subjetivas; por lo tanto del contexto social del cual forman parte. Poniendo en tensión las reglas de neutralidad y abstinencia, aparece el psicoanalista como actor que, ejerciendo una política, la del psicoanálisis, promueve cambios frente al estado de cosas que -objetivadas previamente- producen sufrimiento. El psicoanalista no es demandado, sino que se demanda a sí mismo motivado por apreciaciones que tienen que ver con el valor de la vida, de la comunidad, donde cada sujeto es parte vincular del entramando social. A partir de los términos promover, intervenir, comunidad y cultura, se intenta dar cuenta de la dimensión de la invitación a participar activamente en fenómenos que son síntoma de modos de poder y de vínculos que deben ser puestos en diálogo para -al menos- intentar mínimos cambios en la tensión entre las autonomías social e individual. Y sobre todo, se plantea la necesidad de un psicoanálisis en el barro que no tema el intercambio con aquellos referentes del poder de turno, venciendo tabúes e ideologías paralizantes de todo cambio a la espera de utópicos tiempos ideales.


Dans le dessein de promouvoir des interventions dans la culture et dans la communauté, surgissent des réflexions concernant les psychanalystes en tant qu'agents qui produisent des transformations subjectives; c'est-à-dire, du contexte social auquel ils appartiennent. Lorsqu'il met les règles de neutralité et d'abstinence en tension, le psychanalyste apparaît comme un acteur qui, toute en exerçant une politique, celle de la psychanalyse, promeut des changements face à l'état de choses qui - objectivées préalablement - produisent des souffrances. Le psychanalyste n'est pas demandé, il s'autodemande, motivé par des évaluations qui sont liées à la valeur de la vie, de la communauté, où chaque sujet est une partie liée à la trame sociale. À partir des mots promouvoir, intervenir, communauté et culture, on essaye de rendre compte de la dimension de l'invitation à participer activement de phénomènes qui sont le symptôme de modes de pouvoir et de liens qui doivent être mis en dialogue de façon à essayer, au moins, des changements minimums sur la tension entre les autonomies sociales et individuelles. Et, surtout, on propose le besoin d'une psychanalyse qui mette les mains à la pâte et qui ne craigne pas les échanges avec les représentants actuels du pouvoir, en devançant des tabous et des idéologies qui empêchent tout changement, étant donné qu'elles restent en attendant des utopiques époques idéales.

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