RESUMO
Introdução: Foi realizado um experimento não-comparado consecutivo com 50 mulheres que buscavam atendimento para realizar testagem sorológica para o HIV em um centro de referência de Porto Alegre, visando a conhecer as impressões iniciais sobre o uso do preservativo feminino como método de prevenção para a Aids. Métodos: Em uma reunião inicial, em grupos de cinco a oito mulheres, voluntárias assistiam a um vídeo sobre o preservativo feminino, que descreveu sua colocação, suas funções e o aproveitamento de sua sensibilidade, associado à manipulação ao vivo do preservativo utilizando uma prótese pélvica. Posteriormente, as voluntárias preenchiam um questionário padronizado sobre situações de risco e recebiam seis preservativos para utilizarem no período de quinze dias, quando deveriam retornar para responder a outro questionário sobre a experiência. Resultados: O questionário do retorno foi preenchido por 39 mulheres (78 por cento), sendo que 92,4 por cento usaram o preservativo; destas, 92,3 por cento consideraram a experiência satisfatória, tendo salientado a segurança, o conforto, a maior sensibilidade e a opção de o uso do preservativo ser da mulher. Os companheiros ficaram satisfeitos com o uso em 51,3 por cento das ocasiões. As maiores dificuldades referiram-se à colocação, pouco à vontade com o uso. Conclusão: Os achados preliminares sugerem que este método é útil para as mulheres estudadas, necessitando, entretanto, de uma adaptação cultural para sua utilização com benefício máximo, bem como a inclusão de elementos qualitativos na coleta de dados sobre práticas sexuais específicas