RESUMO
Objetivo: Avaliar como o desenvolvimento de hábitos bucais deletérios e os problemas de fala afetam a oclusäo dentária em pré-escolares. Métodos: Foi constituída a amostra probabilística por 2.139 crianças de ambos os sexos, na faixa etária de 3 a 5 anos, matriculadas em instituiçöes públicas ou privadas do Município de Bauru, SP, Brasil. Foi desenvolvido estudo transversal em duas etapas: exame de oclusäo e questionário socioeconômico. A classificaçäo de Angle foi adotada para avaliaçäo de aspectos morfológicos da oclusäo, observando-se também trespasse horizontal e vertical, espaçamento/apinhamento, mordida aberta anterior, mordida cruzada total, mordida cruzada anterior e mordida cruzada posterior uni ou bilateral. Uma subamostra de 618 crianças apresentou resposta ao questionário sobre hábitos bucais, saúde infantil e informaçöes sobre condiçöes socioeconômicas. Resultados: A prevalência de má oclusäo foi de 51,3 por cento para o sexo masculino e 56,9 por cento para o sexo feminino, sem variaçäo quanto ao sexo. A maior prevalência de má oclusäo foi verificada no grupo etário de três anos, decrescendo significantemente com a idade (p<0,05). Conclusöes: Entre os fatores ambientais estudados, o hábito de sucçäo de chupeta foi o mais importante na associaçäo com má oclusäo (OR=5,46), seguido da sucçäo digital (OR=1,54). Dificuldades na fala näo apresentaram relaçäo com a má oclusäo
Assuntos
Pré-Escolar , Humanos , Má Oclusão/epidemiologia , Saúde Bucal , Estudos Transversais , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Foi avaliada a prevalência de cárie na dentiçäo decídua de crianças entre 0 e 6 anos, matriculadas em creches dos Municípios de Bauru e Säo Paulo, SP (Brasil). O primeiro grupo (Bauru) näo recebia cuidados sistematizados de saúde na instituiçäo e o segundo (Säo Paulo) apresentava uma rotina de cuidados como norma institucional. Foram analisadas as variáveis relativas aos modos de viver desses grupos populacionais e sua associaçäo com a ocorrência de cárie, efetuando um estudo de caso para caracterizaçäo de fatores coletivos de risco à cárie. Através de análise de regressäo múltipla, verificou-se a influência da idade e freqüência de consultas odontológicas sobre a prevalência de cárie na amostra estudada (p<0,05). Na faixa etária de 5-6 anos, 23,3 por cento das crianças de Bauru e 9,3 por cento de Säo Paulo estavam isentas de cárie, contra a expectativa de 50 por cento prevista na Meta n§ 1 da Organizaçäo Mundial da Saúde para o ano 2000. A prevalência de cárie foi mais elevada em Bauru nas crianças de 3-4 e 5-6 anos, apresentando significância estatística apenas para o grupo 3-4 anos (p<0,05). Näo foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os sexos quanto à ocorrência de cárie