RESUMO
Estudaram-se os efeitos nutricionais do consumo de etanol, na forma de bebida destilada e fermentada, associada a uma dieta com alimentos habituais do Nordeste brasileiro. Utilizou-se ratos Wistar (n=240) RNs divididos em grupos padronizados (08 filhotes) no segundo dia de vida, recebendo leite materno exclusivo. As mães consumira única dieta equilibrada, à base de feijão, arroz frango, farinha de mandioca e óleo, com18por cento de proteína. À ração foram adicionados líquidos, conforme o esquema experimental: G1-água; G2-solução hidroalcoólica à 5por cento; solução de maltodextrina, substituindo as calorias do álcool; G4- cerveja com etanol à 5por cento; G5- solução de maltodextrina substituindo as calorias da cerveja. Durante 12 dias analisaram-se tempo de abertura dos olhos e aparecimento de pelos. devorados/mortos curva ponderal e no 12 dia, bioquímica sanguínea, (Glicose, colesterol, HDL-C, LDL-C TG, PTN, Albumina), peso relativo de fígado/ rim/ cérebro/ coração e gordura da carcaça. Na estatística utilizam-se testes de Mann-Whitney, Locrank e o de duas proporções. Os resultados nos RNS de mães recebendo cerveja mostraram tendência a maior ganho de peso e gordura corporal, além de redução no tempo de aparecimento de pêlos e de abertura de olhos, da glicose e do LDL-C. A bebida destilada provocou no RNs aumento do peso do rim/cerebro, atraso na abertura dos olhos, alto percentual de mortos/devorados, redução da glicose e LDL-C. Conclui-se que as bebidas alcoólicas, mesmo com teor reduzidos de etanol, durante a lactação, podem ocasionar graves alterações no comportamento, nutrição, metabolismo, comprometendo o desenvolvimento normal dos RNs, além de elevar a morbi-mortalidade.