RESUMO
Na busca da melhor compreensão da origem das doenças cardiovasculares, uma importante linha de investigação surgiu a partir da demonstração da associação entre o baixo peso ao nascer e o desenvolvimento de hipertensão foi a base para a formulação da hipótese de que doenças cardiovasculares manifestadas na idade adulta podem ser programadas a partir de insultos ocorridos no período pré natal.Diversos modelos experimentais apóiam esta teoria. Em animais de laboratório, estudos com desnutrição induzida durante a gestação resultaram em animais adultos com níveis mais elevados de pressão arterial do que os controles...
Assuntos
Cuidado Pré-Natal/métodos , Cuidado Pré-Natal/tendências , Hipertensão/diagnóstico , Hipertensão/fisiopatologia , Hipertensão/terapia , Insuficiência Placentária/diagnóstico , Insuficiência Placentária/terapia , Corticosteroides/fisiologia , Corticosteroides/síntese química , Renina/fisiologia , Renina/síntese químicaRESUMO
OBJETIVO: Avaliar a função autonômica na cardiomiopatia hipertrófica (CMH) através da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) e correlacioná-la com dados ecocardiográficos. MÉTODOS: Foram estudados 2 grupos pareados por sexo, idade e freqüência cardíaca: A) 10 pacientes com CMH septal (70 por cento não obstrutiva); B) 10 voluntários saudáveis. A VFC foi analisada durante quatro estágios sucessivos: repouso, respiração controlada, teste de inclinação e respiração controlada associada ao teste de inclinação. Compararam-se as médias das variáveis entre os grupos, intragrupos durante os estágios, e no grupo A, correlacionando com as medidas ecocardiográficas (septo interventricular e diâmetro atrial esquerdo). RESULTADOS: Não observamos diferença na VFC entre os grupos nos 3 primeiros estágios. No 4° estágio, constatamos que medidas de atividade vagal apresentaram valores maiores no grupo A [logaritmo da raiz média quadrática das diferenças entre intervalos RR (LogRMSSD) - 1,35±0,14 vs 1,17±0,16; p=0,019; logaritmo do componente alta freqüência (LogAF)-4,89±0,22 vs 4,62±0,26; p=0,032]. Durante os estágios, também verificamos que medidas vagais [proporção de pares de intervalos RR consecutivos cuja diferença > 50ms (pNN50) e LogAF] apresentaram menor redução durante o 3° estágio no grupo A, e o LogAF, um aumento no último estágio (p=0,027), indicando marcante atividade parassimpática neste grupo. A análise da VFC do grupo A não revelou diferença entre pacientes com maior hipertrofia ou diâmetro atrial. CONCLUSÃO: 1) ocorreu predomínio parassimpático durante estimulação autonômica nos pacientes com CMH; 2) não encontramos correlação entre VFC e as medidas ecocardiográficas analisadas.