RESUMO
Introdução: Em áreas endêmicas, a malária representa um grande fator de risco para o baixo peso ao nascer, aumentando os índices de morbi-mortalidade infantil. Objetivo: Avaliar as consequências da malária sobre o peso de recém-nascidos, os autores avaliaram a freqüência do baixo peso entre recém-nascidos de 23 mulheres procedentes de áreas endêmicas da Amazônia que desenvolveram malária durante a gravidez. Método: O estudo foi conduzido no Núcleo de Medicina Tropical/UFPA, com a colaboração do Instituto Evandro Chagas, onde as pacientes tiveram a confirmação diagnóstica e, da Clínica Roumiê e Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará nos quais foram obtidos dados sobre as condições do parto e dos recém-nascidos. Resultados: O baixo peso ao nascer menor que 2.500g associou-se a malária em 13,4 por cento e, em 8,6 por cento no grupo controle não havendo diferença significativa entre as médias dos 2 grupos. Não houve diferença também, entre as médias de peso de RN, ao considerar os grupos infectados por P. vivax (3.100 ñ 594,3 g) e P. falciparum (2.780 ñ 682,2 g) P>0,05. Considerando-se a idade gestacional em que ocorreu a infecção e o estado semi imune das gestantes, não se observou baixo peso aonascer. Conclusões: A freqüência de baixo peso ao nascer é relativamente baixa em áreas endêmicas da Amazônia e este fato está associado a quimioprofilaxia administrada durante a gravidez, corroborando diversos estudos realizados em outras áreas endêmicas do mundo