Epidural Capillary Hemangioma of the Thoracic Spine / Hemangioma capilar extradural da coluna torácica

Background Hemangiomas are congenital vascular malformations pathologically considered as harmatomas and classified as capillary, cavernous, arteriovenous or venous, and usually located at soft tissue or bone, mainly in the spinal column. Pure epidural capillary hemangiomas are extremely rare lesions that should be included in the differential diagnosis of spinal epidural lesions; only three patients with epidural capillary hemangiomas have been reported to date. Case Report We report a case of a 57-year-oldman that complained of dorsal and back pain. The neurological examination revealed back tenderness and crural paraparesis. His reflexes were exaggeratedand Babinski signwaspresenton both sides.Amagnetic resonance imaging showed an epidural lesion at the level of T10­12 that demonstrated extension with intense postgadolinium enhancement. These lesions were different from more common lesions, mainly schwanommas, mainly due to the foraminal extension, which sets them apart from cavernous hemangiomas. The surgical ressection was performed. After laminectomy, a reddish epiduralmass that extended intothe right T11­12 foraminawas revealed. Thefeeding vessels had to be identified and divided. In such cases, the surgeonmust carefully dissect the lesion circumferentially away from the dura and employ judicious hemostasis. The patient́s histopathological examination revealed a vascular tumor composed of vessels of several calibers. The imagery obtained from the exams led to the diagnosis of a capillary hemangioma. Conclusions Pure epidural capillary hemangiomas should be included in the differential diagnosis of spinal epidural lesions, mainly schwanommas, especially due to the foraminal extension, which may differentiates them from cavernous hemangiomas. Surgical excision is mandatory and intervertebral foraminal extension may preclude gross total resection.

Introdução Os hemangiomas são malformações vasculares congênitas patologicamente consideradas como hamartomas. Podem ser classificadas como capilar, cavernoso, arteriovenoso ou venoso, e são geralmente localizadas em tecidos moles ou ossos, principalmente na coluna vertebral. Hemangioma capilar epidural puro é uma lesão extremamente rara que deve ser incluída no diagnóstico diferencial das lesões espinais epidurais, foram relatados casos de apenas três pacientes com hemangiomas capilares epidurais. Relato de Caso Relatamos o caso de um homem de 57 anos de idade com queixa de dorsalgia. Ao exame neurológico, paraparesia crural, com hiperreflexia e sinal de Babinski bilateral. A ressonância magnética mostrou uma lesão epidural no nível de T10­12 com intenso realce pós-gadolíneo. Hemangioma capilar deve ser diferenciado de lesões mais comuns, principalmente schwannomas, devido à extensão foraminal. A ressecção cirúrgica foi realizada. Um processo expansivo epidural avermelhado, se estendendo para o forâmen direito de T11­12, tornou-se evidente após a laminectomia. Os vasos que o irrigavam foram identificados e adequadamente separados. A lesão foi cuidadosamente dissecada circunferencialmente e uma hemostasia criteriosa foi realizada. O exame histopatológico revelou um tumor vascular composto por vasos de vários calibres. Exames de imagem corroboraram com a hipótese de um hemangioma capilar. Conclusões Hemangiomas capilares epidurais puros devem ser incluídos no diagnóstico diferencial das lesões da coluna vertebral epidural, principalmente schwanommas, especialmente devido à extensão foraminal. A excisão cirúrgica é obrigatória e a extensão para o forame intervertebral pode impossibilitar a ressecção total.

Neuronavegação em neurocirurgia / Neuronavigation in neurosurgery

A neurocirurgia guiada por imagem permite ao neurocirurgião navegar no interior do crânio, orientado a partir das imagens de tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) pré--operatórias, empregando, para isso, sistemas de rastreamento tridimensionais (3D), em tempo real,durante o procedimento cirúrgico. O presente estudo tem como objetivo revisar a literatura acerca dasprincipais aplicações da neuronavegação na neurocirurgia contemporânea. Foi feita uma revisão daliteratura por meio de busca na base de dados PubMed, nos últimos 15 anos, nas línguas portuguesa e inglesa, usando os seguintes termos: neuronavegação/neuronavigation, estereotaxia/stereotaxis, glioma surgery, neuroendoscopia/neuroendoscopy, epilepsy surgery, aneurysm. A neuronavegação auxilia a localização espacial, orientando acessos cirúrgicos, o que melhora a qualidade e a segurança do procedimento. Ressalta-se a importância desta nas cirurgias de gliomas em áreas eloquentes, associada a procedimentos neuroendoscópicos e cirurgia de epilepsia e combinada com ultrassom 3D e/ou RM intraoperatória, com significativa redução da morbidade do ato cirúrgico. O desvio dasestruturas após a abertura do crânio e da dura-máter (?brain shift?) é considerado o fator limitante para o método, impedindo a perfeita correspondência entre imagens pré-operatórias e a neuronavegaçãoem tempo real, o que pode ser minimizado com a realização de RM intraoperatória (renavegação).

The image-guided neurosurgery allows the neurosurgeon to navigate within patient?s skull, using preoperative images as a guide, through the use of 3D tracking systems, during the surgical procedure. This study aims to review the literature on the main applications of neuronavigation in modern neurosurgery. We performed a literature search through the database PubMed in the last 15 years in Portuguese and English, using the following terms: neuronavegação/neuronavigation, estereotaxia/stereotaxis, glioma surgery, neuroendoscopia/neuroendoscopy, epilepsy surgery, aneurysm. Neuronavigation improves the efficacy and security of surgery, with emphasis in surgery of gliomas in or around eloquent areas, association with neuroendoscopy and epilepsy surgery, as well combined with 3D ultrasound and intraoperative MRI. Dislocation of brain and structures after opening cranial vault and dura (?brain shift?) still is a limitation to the perfect correspondence between the surgery and preoperative images of neuronavigation, which can be solved with intraoperative MRI.