RESUMO
De março a outubro de 1994 estudou-se a importância das enteroparasitores no puerpério e sua correlação com a gestação e condições de nascimento, através da análise de prevalência da infecção em 123 mulheres internadas no Serviço de Obstetrícia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), Rio de Janeiro. Exames coproparasitológicos foram realizados pelos métodos de Kato-Katz, Faust e Baermann-Moraes. Foram encontrados 56,1 por cento de positividade, sendo o Ascaris lumbricoides o parasito mais freqüente (26 por cento). Não foi observada correlação estatística entre enteroparasitoses e ganho ponderal, hematócrito, idade gestacional e peso do recém-nascido. Verificou-se que 87,5 por cento das mulheres parasitadas no pré-natal tornaram-se mães parasitadas (p<0,05) e que o tratamento antiparasitário, apesar de prescrito em 35,7 por cento das gestantes, não foi acompanhado com controle parasitológico posterior. Concluímos que o controle das enteroparasitores não é prioritário na gestação e no puerpério.