RESUMO
RETROSPECTIVA: a esterilizaçäo feminina pela técnica de salpingotripsia bilateral é um dos métodos mais comuns de controle de natalidade. Uma correlaçäo entre salpingotripsia (STB) e posterior aparecimento de distúrbios menstruais tem sido amplamente descrito na literatura. Esta associaçäo, entretanto, näo teve ainda um mecanismo biológico para confirmaçäo. OBJETIVOS: avaliar a influência da STB pela técnica de Pomeroy, no fluxo vascular das artérias ovarianas e uterinas, através do estudo Dopplerfluxométrico antes e após a cirurgia. MÉTODOS: foram estudadas 20 pacientes submetidas a STB por via laparotômica, e que realizaram exame de Dopplerfluxometria antes e após o procedimento cirúrgico, na fase folicular média. RESULTADOS: o índice de pulsatilidade (PI) da artéria uterina direita variou de 1,44 a 3,86 (média = 2,23) quando medido antes da cirurgia, e de 1,36 a 2,85 (média = 2,13) quando medido após a cirurgia. Para artéria uterina esquerda o PI variou de 1,67 a 3,17 (média = 2,17) e de 1,69 a 2,88 (média = 2,22), antes e após a cirurgia, respectivamente. A diferença observada näo foi estatisticamente significante. o PI da artéria ovariana direita variou de 1,38 a 3,48 (média=2,41), antes da cirurgia, e de 1,48 a 3,23 (média=2,29). Com relaçäo à artéria ovariana esquerda, o PI variou de 1,36 a 3,62 (média=2,54) e de 1,85 a 4,00 (média=2,61) antes e após a cirurgia, respectivamente. Também nesta análise, os resultados näo apresentaram diferença significante estatisticamente. CONCLUSöES: Nossos resultados demonstram que a esterilizaçäo tubárea pela técnica de Pomery näo induz alteraçöes imediatas no fluxo vascular, tanto nas artérias uterinas quanto nas ovarianas.