RESUMO
Objetivo: Descrever algumas características psicológicas e opiniões do paciente ao saber de sua participação em uma pesquisa clínica. Método: Foram aleatoriamente selecionados 14 pacientes que concluíram um estudo duplo-cego em transtorno do pânico (droga ativa x placebo), tratados por seis semanas. Ao fim do tratamento foi aplicado um questionário com nove perguntas, quantitativas. Resultados: As respostas em relação à participação na pesquisa foram positivas em 13 pacientes. Devido à uniformidade das respostas (92,8 por cento), podemos afirmar que os pensamentos positivos em relação à participação em um estudo clínico não influenciam os resultados globais de nossa pesquisa. Um dado que apareceu com destaque foi a resposta ressaltando a importância da presença do médico na assistência em uma pesquisa clínica. Conclusão: Constatamos nesta pequena amostra que os pacientes apresentavam uma transferência positiva relativa à importância do médico na pesquisa, ressaltando, assim, a influência da relação médico/paciente. O uso do placebo é absolutamente necessário para uma análise crítica dos resultados de qualquer estudo clínico. É o "padrão-ouro" de ensaios terapêuticos. Novos estudos com metodologia mais sofisticada e amostras maiores são necessários