Influencia do intervalo coito-exame no resultado do teste pos-coito. / Influencia do interval coitus-examination in the result of the postcoitus test

Comparamos os resultados obtidos em testes pos-coito (TPC) realizados em 21 clientes, variando-se o intervalo coito-colheita. No primeiro grupo, o tempo foi de duas a quatro horas, sendo aumentado para oito a 12 horas no segundo grupo. Os testes foram realizados em dois ciclos sucessivos.Podemos observar melhores resultados (testes "bom" e "excelente") com o intervalo menor (47,3%). Quando o tempo coito-colheita aumentou, os resultados pioraram (19,0%). Apesar disso, houve uma melhora de 23,8% nos resultados iniciais, quando examinados em conjunto com os do segundo grupo.Apesar dos inumeros parametros capazes de influir nos resultados do TPC seria logico variar-se o intervalo quando maus resultados indicarem a repeticao do exame

Fator tubario - tratamento cirurgico: analise de 160 casos. / Tubal factor: surgical treatment: analysis of 160 cases

Analisamos neste trabalho 163 operacoes realizadas em 160 clientes esteries, com o diagnostico de obstrucao tubaria. O material foi recolhido entre clientes atendidas no Setor de Esterilidade da Divisao de Reproducao humana do Instituto de Ginecologia de UFRJ, de janeiro de 1973 a dezembro de 1981. Os demais fatores de esterilidade foram tidos como normais ou passiveis de correcao. As operacoes realizadas foram de 4 tipos: reimplante uterotubario, salpingostomia, lise de aderencias e anastomose. Verificamos a etiologia das obstrucoes, a propedeutica pre-operatoria e os tipos de operacoes realizadas, correlacionando essa analise com os resultados obtidos quanto a permeabilidade e a gestacao. Os resultados obtidos podem ser assim resumidos: 28 gestacoes (17,18%) das quais temos certeza, 6,13% foram a termo.A permeabilidade obtida foi de 37,4%; no entanto, apenas 101 (60,4%) clientes voltaram para controle. Utilizamos a microcirurgia em 10 casos e o reimplante foi a tecnica com a qual obtivemos melhores resultados

Carcinoma primitivo da vagina: experiencia do Instituto de Ginecologia da UFRJ. / Primitive carcinoma of the vagina: experience of the Instituto de Ginecologia da UFRJ

Apresentamos os resultados com a pesquisa efetuada em 31 clientes com carcinoma de vagina, atendidas em 44 anos de funcionamento da instituicao. O estudo comprovou a baixa incidencia da doenca: 0,031% de clientes atendidas e 1,1% em relacao as demais neoplasias diagnosticadas no periodo, assim como a predominancia do tipo epidermoide, acometendo a parede posterior e o terco superior da vagina. O diagnostico precoce e raro, a 5a. e a 6a. decadas da vida sao a epoca de maior incidencia, e as multiparas sao mais sujeitas ao cancer vaginal. O tratamento divide-se entre a histerocolpectomia radical com exenteracao anterior e/ou posterior, ou terapia actinica com radio. cobalto e roentgenterapia.Porem, os resultados mostraram-se invariavelmente precarios, sendo frequente a recidiva e alta a taxa de morbilidade.Apenas 10% das clientes tiveram sobrevivencia de 5 anos, e assim mesmo em mas condicoes fisicas e sociais

Relacao medico-cliente em casos de quimioterapia antineoplasica. / Physician-patient relations in cases of antineoplastic chemotherapy

Dezoito pacientes sob quimioterapia antineoplasica, portadoras de carcinoma avancado de ovario ou mama, sao analisados sob o prisma das modificacoes psicologicas causadas pela doenca terminal. Desenvolveu-se, com base nas tecnicas de relacao medico-cliente, um contato mais "real" com a paciente e a familia, buscando integrar essas mulheres proximas da morte com a realidade, entendendo as diversas fases por que passam, segundo Elizabeth Ross.A identificacao das fases de negacao, ressentimento e inveja, compensacao, depressao e aceitacao mostrou-se fundamental para permitir ao medico agir com o maximo de seguranca e serenidade, apesar da natural emergencia de sentimentos de ansiedade e angustia, impossivel de evitar durante o tratamento e o relacionamento com as clientes e seus familiares.A descricao de certas situacoes clinicas ilustram algumas das fases tipicas da evolucao dessas doentes terminais