RESUMO
OBJETIVO: analisar as relações entre percepção corporal, peso referido, peso aferido e atividade física entre adultos jovens da cidade de Ribeirão Preto (SP). MÉTODO: estudo de uma coorte de indivíduos nascidos entre 1978-1979, classificados segundo sexo, nível de escolaridade, índice de massa corporal e grau de atividade física, avaliado pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). RESULTADOS: foram avaliados 2035 indivíduos (51,8 por cento do sexo feminino) dos quais 1727 (84,8 por cento) referiram ter estudado mais de nove anos. Tanto a média de peso (77,6 ± 15 kg) quanto de índice de massa corporal (25 ± 4,4 kg/m2) foram superiores para o sexo masculino. Quanto à classificação da percepção corporal, 81,6 por cento das mulheres superestimaram o peso corporal e 78,2 por cento dos homens o subestimaram. Entre todos os indivíduos que subestimaram o peso corporal, 92,3 por cento tinham grau de escolaridade superior a nove anos. Os indivíduos que superestimaram o peso foram os que menos desenvolveram atividade física (58,6 por cento). Nos grupos dos indivíduos que consideraram o peso adequado ou o superestimaram, 48,3 por cento e 51,2 por cento, respectivamente, foram classificados como ativos ou muito ativos. CONCLUSÃO: índice de massa corporal e atividade física contribuíram para melhor avaliação do próprio peso, enquanto que o sexo feminino e o maior grau de escolaridade relacionaram-se diretamente com a distorção da autopercepção, com tendência a superestimar o próprio peso