RESUMO
Justificativa e objetivos: näo existe na literatura nacional nenhum estudo comparando as diferenças na dispersäo e duraçäo dos bloqueios sensitivo e motor entre as soluçöes hiperbárica e isobárica de lidocaína 2 por cento pura com a lidocaína 2 por cento com glicose 8 por cento para raquianestesia. Método: participaram dos estudos 100 pacientes, estado físico ASA I e II, com idade entre 16 e 78 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: ISO recebeu 4ml de lidocaína 2 por cento pura e grupo HIPER, recebeu também 4ml de lidocaína 2 por cento contendo glicose a 8 por cento. Os pacientes foram colocados em decúbito lateral e a punçäo lombar foi realizada com agulha 27G tipo Quincke. Foram analisados a densidade, o peso específico, a baricidade e o pH de ambas as soluçöes. Foram estudados os seguintes parâmetros: latência, bloqueio motor, duraçäo dos efeitos, dispersäo cefálica da analgesia, alteraçöes cardiovasculares e irritaçäo radicular transitória. Resultados: as baricidades encontradas foram: lidocaína hiperbárica de 1,02569 a 37ºC e lidocaína 2 por cento pura de 0,99920 a 37ºC. O início do bloqueio foi similar com ambas as soluçöes. A dispersäo cefálica foi significativamente mais alta com a lidocaína 2 por cento hiperbárica. As duraçöes dos bloqueios sensitivo e motor foram similares com ambas as soluçöes. A incidência de hipotensäo arterial foi significativamente maior com a lidocaína 2 por cento hiperbárica. Näo foi observado nenhum caso de irritaçäo radicular transitória com ambas as soluçöes de lidocaína. Conclusöes: consideramos a lidocaína 2 por cento com ou sem glicose segura como agente para raquianestesia para procedimentos de curta duraçäo. A lidocaína 2 por cento hiperbárica apreenta maior incidência de hipotensäo arterial