Avaliação de arsênio total, de elementos traços e bacteriológica em águas de consumo na comunidade do Elesbão, Município de Santana, estado do Amapá, Brasil / Total arsenic, trace elements and bacteriologycal evaluation in drinking water at Elesbão district, Santana city, Amapa state, Brazil

A mineração de manganês na Serra do Navio - AP foi desenvolvida pela empresa ICOMI Indústria e Comércio de Minérios S.A no período de 1957 a 1997 e o minério transportado até o Porto de Santana, às margens do rio Amazonas, a 30 Km de Macapá, capital do Estado do Amapá. Entre 1973 e 1983, a empresa manteve em funcionamento uma Usina de Pelotização nesta área, e os rejeitos gerados, contendo arsênio (As), depositados numa lagoa artificial, atingiram as águas superficiais de drenagens próximas. A possibilidade de exposição das populações levou a determinação de arsênio total nas águas de consumo humano coletadas a partir de 52 residências localizadas no entorno da área industrial nos meses de maio e novembro de 2003 e março de 2004. O trabalho se desenvolveu a partir de cinco grupos organizados geograficamente pela proximidade da área industrial: Comunidade do Elesbão (ELB), Rua Delta (DEL), Comunidade do Matapi (MAT), Rua da Olaria (OLA) e Bairro da Hospitalidade (HSP). As residências foram investigadas a partir do tipo de tratamento, residencial (RES) ou público (PUB), e captação, rio Amazonas (AMA) ou poços artesianos e ou amazonas (PCO). Os teores de As foram quantificados por Espectrometria de Absorção Atômica com Sistema de Geração de Hidretos (HG-AAS), apresentando ótima recuperação analítica e reprodutibilidade. Para complementação das análises, foram avaliados os teores de elementos traços (Ba, Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Na, Pb e Zn) e padrões bacteriológicos. Os resultados demonstraram que as águas de consumo das comunidades investigadas não apresentaram níveis anômalos de As e outros elementos traços, diferente dos padrões bacteriológicos, que estavam inadequados em cerca de 60 por cento das amostras, segundo Portaria 518 de 2004 do Ministério da Saúde.

Níveis séricos de DDT total de trabalhadores expostos no programa de controle de malária no Estado do Pará, Brasil / Serum levels of total DDT in exposed workers of malária control program in the state of Pará, Brazil

Foram avaliados os níveis de DDT total determinados através dos metabólitos pp-DDE e pp-DDT no soro de 67 agentes de saúde (borrifadores) que trabalharam no combate ao vetor transmissor da malária no Estado do Pará, aplicando o inseticida nas superfícies internas e externas das residências, e que ficaram expostos ao DDT durante anos. As análises do soro foram realizadas por Cromatografia Gasosa com detector de captura de elétrons. As concentrações médias encontradas foram de 48,27 mais ou menos 0,30mg por Litro de DDT total, variando de 2,32 a 231,73mg por Litro. O pp-DDE foi encontrado em 100 por cento das amostras em níveis considerados altos, sugerindo uma exposição pregressa ao DDT e demonstrando uma correlação positiva moderada entre o nível de concentração e tempo de exposição (r=0,57 e p=0,003). A concentração de DDT total do grupo constituído de pessoas que não sofreram nenhum tipo de contato conhecido com DDT foi de 0,96 mg por Litro. Não foi detectado nenhum outro inseticida organoclorado nas amostras analisadas.

Estudo quantitativo de metais presentes na hemolinfa de Biomphalaria glabrata (Gastropoda), infectadas e não infectadas com Schistosoma mansoni / Quantitative study of metal present in the hemolymph of Biomphalaria glabrata (Gastropoda), infected and uninfected with Schistosoma mansoni

Inicialmente, desenvolveu-se um estudo para quantificar e comparar as concentrações de alguns metais presentes em duas amostras de hemolinfa do caramujo Biomphalaria glabrata (infectados e não-infectados com Schistosoma mansoni). A espectrometria de emissão óptica com fonte de plasma induzido (ICP-OES), foi utilizada para analisar os metais nas duas amostras. Os metais estudados foram: alumínio, cálcio, cádmio, cobalto, cromo, cobre, ferro, potássio, magnésio, manganês, chumbo e zinco. Os resultados mostram que, a princípio, os metais não são fatores determinantes no processo de defesa desses organismos contra este parasita, quando presente nos seus tecidos.