RESUMO
No presente estudo, com base em material de arquivo, encontrou-se uma freqüência citológica de condiloma no período de um ano correspondente a 0,3%, com maior acometimento da faixa etária compreendida entre 15 e 25 anos. Os sintomas registrados foram inespecíficos, näo guardando relaçäo com a freqüência ou intensidade da reaçäo inflamatória detectada na citologia. No estudo microscópico foi observado predomínio da flora vaginal mista (bacilos e cocos) em 52,6%, alteraçöes inflamatórias em 94,7%, metaplasia escamosa em 52,0% e displasia leve (NIC I) com a taxa de 26,3% do total de casos. Säo discutidos aspectos diferenciais entre coilocitose/vacuolizaçäo inflamatória e disceratose/pseudoeosinófilia. Chama-se atençäo para as alteraçöes perinucleares nas células metaplásicas em maturaçäo, que poderiam representar infecçäo precoce pelo papilomavírus. Finalmente, registram-se pontos obscuros quanto à nomenclatura, que deveria diferenciar com maior precisäo entre atipia coilocitótica e displasia associada a condiloma, já que provavelmente representam entidades distintas