RESUMO
Entre candidatos à doação de sangue de grandes centros urbanos da região nordeste do Brasil, a frequência de portadores de anticorpos contra o virus da hepatite C (anti-VHC) foi estimada em 1,2por cento. Mas são escassos ou inexistentes os estudos em amostras de cidades de pequeno ou médio porte do nordeste brasileiro, como a de Campina Grande, Paraíba. foram aaliados 28.957 candidatos à doação de sangue de quatro bancos de sangue ou serviços de hemoterapia de Campina Grande e, entre esses, 196 (0,68por cento) foram anti-VHC (ELISA-III) positivo, sendo a média de idade de 39,3 (ñ10,2) anos e 95,0por cento (n=186) do gênero masculino. a freqüência do portadores de anti-VHC nos serviços privados (0,5por cento) foi significativamente menor (p<0,0000002) que a observada nos públicos (1,1por cento). Em conclusão, a menor freqüência de portadores anti-VHC em Campina Grande, provavelmente, decorre das características epidemiológicas mais peculiares às cidades de menor porte e ainda com forte influência do meio rural. Por sua vez, a menor freqüência nos serviços privados pode ser conseqüência das caracteristicas do candidato à doação de sangue e/ou do processo de seleção