Classificação neurofisiológica da Síndrome do Túnel do Carpo / Neurophysiological classification of the Carpal Tunnel Syndrome

O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação clínica da escala neurofisiológica da Síndrome do Túnel do Carpo (STC). As mãos foram classificadas em 6 graus: mínimo/grau 1 (teste comparativo/segmento curto alterado, conduções sensitiva e motora normais), leve/grau 2 (condução sensitiva alterada, condução motora normal), moderada/grau 3 (conduções sensitiva e motora alteradas, amplitude sensitiva normal), moderada/grau 4 (conduções sensitiva e motora alteradas, amplitude sensitiva baixa), grave/grau 5 (condução sensitiva ausente, condução motora alterada) e extremo/grau 6 (conduções sensitiva e motora ausentes). Foi realizado um estudo prospectivo em 400 mãos com STC. Foram classificadas 56 mãos (14,0%) como grau 1, 109 mãos (27,3%) como grau 2, 129 mãos (32,3%) como grau 3, 78 mãos (19,5%) como grau 4, 22 mãos (5,5%) como grau 5 e 6 mãos (1,5%) como grau 6. Houve uma correlação positiva significativa (p<0,01) da escala neurofisiológica da STC com a idade dos pacientes, o tempo de duração da STC, a freqüência de relato de história clássica de STC e a freqüência dos sintomas dor noturna, parestesia e dormência. Também houve uma correlação positiva significativa entre a freqüência do sinal de Tinel, hipoestesia no 2° dedo, fraqueza e hipotrofia dos músculos tenares com a escala neurofisiológica da STC.

The aim of this study was to evaluate the clinical correlation of the neurophysiological scale of the Carpal Tunnel Syndrome (CTS). The hands were classified in 6 grades: minimum/grade 1 (comparative test / altered short segment, normal sensitive and motor conductions), mild/grade 2 (altered sensitive conduction, normal motor conduction), moderate/grade 3 (altered sensitive and motor conductions, normal sensitive amplitude), moderate/grade 4 (altered sensitive and motor conductions, low sensitive amplitude), severe/grade 5 (absent sensitive conduction, altered motor conduction) and extremely severe/grade 6 (absent sensitive and motor conductions). A prospective study was carried out in 400 hands with CTS. 56 hands (14%) were classified as grade 1,109 hands (27.3%) as grade 2, 129 hands (32.3%) as grade 3, 78 hands (19.5%) as grade 4, 22 hands (5.5%) as grade 5 and 6 hands (1.5%) as grade 6. There was a significant positive correlation (p < 0.01) between the neurophysiological scale of CTS and the patients? ages, the duration of CTS, the frequency of reported classical CTS history and the frequency of night pain symptoms, paresthesia and numbness. Additionally, there was a significant positive correlation between the neurophysiological scale and the frequency of Tinel`s sign, hypoesthesia on the 2nd digit, weakness and hypotrophy of the thenar muscles.

Miopatia por corticosteróide / Steroid myopathy

O uso crônico de corticosteróide está relacionado com o aparecimento de miopatia que é potencialmente reversível com a descontinuação destas drogas. O objetivo deste artigo consiste em alertar os médicos sobre esta possível complicação, pois trata-se de uma doença reversível e que pode simular um agravamento da patologia para a qual o corticosteróide está sendo utilizado. Faremos o relato de 2 pacientes que usaram corticosteróide por longo período e que vieram ao nosso consultório para realização de eletroneuromiografia, cuja queixa principal era fraqueza muscular e o estudo eletroneuromiográfico foi compatível com miopatia.

Avaliaçäo da marcha de pacientes hemiparéticos em tratamento com órtese elétrica funcional / Gait analysis of hemiplegic patients that are in the tratament with functional electrical orthosis

A hemiparesia é uma incapacidade comum em nosso meio.Aproximadamente setenta por cento dos pacientes hemiplégicos voltam a andar, porém estes geralmente apresentam alteraçöes da marcha. Uma das formas de tratamento com a finalidade de auxiliar a marcha hemiparética é a utilizaçäo de órtose elétrica funcional.(OEF).O objetivo do nosso trabalho é avaliar as alteraçöes da marcha em pacientes hemiparéticos com e sem o uso de OEF, após um mês de tratamento, visto que algumas seguradoras de saúde limitam o período de tratamento com meios físicos. Foram selecionados sete pacientes para a análise da marcha, seis hemiparéticos pós Acidente Vascular Cerebral (AVC)isquêmico e um pós Traumatismo Crånio Encefálico (TCE). A avaliaçäo das alteraçöes da marcha foi realizada através da análise observacional da marcha foi realizada através da análise observacional da marcha(AOM) e da verificaçäo dos paråmetros lineares (cadência,velocidade e comprimento do passo). Houve uma melhora dos paråmetros avaliados na AOM durante a utilizaçäo da OEF. Na fase de balanço, todos os pacientes (cem por cento) obtiveram melhora dos movimentos dos movimentos de dorsiflexäo do tornozelo e eversäo do pé. Cinco pacientes apresentavam circunduçäo do membro parético, e todos eles (cem por cento) melhoraram após uso OEF. Na fase de apoio, seis pacientes (oitenta e cinco vírgula setenta e um por cento) apresentaram melhora do contato de calcâneo enquanto apenas um paciente(catorze vírgula vinte e nove) permaneceu sem alteraçäo. Näo observamos alteraçöes estatísticamente significativas dos parâmetros lineares analisados. Conclui-se que as alteraçöes obtidas através da AOM säo evidenciadas após um mês de treinamento, mas para a obtençäo de alteraçöes dos parâmetros lineares da marcha há necessidade de um período maior de tratamento