RESUMO
Os gêmeos unidos são de ocorrência rara na medicina e é grande curiosidade por parte da sociedade e também dos profissionais da área de saúde. Sua real incidência é desconhecida, porém, é estimada entre 1:50.000 e 1:200.000 gestações. A etiopatogenia da gemelidade imperfeita permanece desconhecida. Entretanto, acredita-se que diversos fatores induziriam a uma divisão incompleta do disco embrionário, na fase primitiva do desenvolvimento. Existem vários tipos de gêmeos unidos descritos, como toracópago, xifópago, pigópagos, isquiópagos e craniópagos. Desta forma, vários sistemas de classificação para as gemelidades imperfeitas foram desenvolvidos, sendo muitas delas complexas, baseadas na morfologia externa e com nomenclaturas diferentes. Seu dignóstico é realizado principalmente através da ultra-sonografia, podendo complementar com a ressonância magnética para melhor definir o sítio de ligação e o compartilhamento dos órgãos. O resultado final, isto é, a possibilidade de separação dos gêmeos unidos provoca grande interesse na comunidade científica, devido sua complexidade, à raridade da patologia, às poucas chances de sobrevida, o prognóstico e ética.