RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar a frequência de síndrome de burnout grave em profissionais de terapia intensiva e correlacioná-la com o engajamento com o trabalho. Métodos: Foi distribuído um questionário autoaplicável que incluía o Inventário de Burnout de Maslach, a Escala de Depressão Ansiedade e Estresse e o questionário Gallup. Todas as análises foram estratificadas por local de trabalho (unidade de terapia intensiva ou unidade semi-intensiva) e por grupo profissional (enfermeiros versus médicos versus fisioterapeutas). Resultados: Entre fevereiro de 2017 e junho de 2017, 206 dos 325 profissionais convidados (63,4%) responderam aos questionários. Destes, 55 eram médicos (26,7%), 88 eram fisioterapeutas (42,7%) e 63 eram enfermeiros (30,6%). A frequência de burnout grave foi de 34,3% (27,9 - 41,4%), e não se identificaram diferenças entre os grupos profissionais ou locais de trabalho. A frequência de casos graves ou muito graves de depressão, ansiedade ou estresse foi de 12,9%, 11,4% e 10,5%, respectivamente. O escore mediano (intervalo interquartil) observado pelo questionário Gallup foi 41 (34 - 48), e não se observaram diferenças entre os grupos profissionais ou locais de trabalho. Houve correlação negativa entre burnout e engajamento com o trabalho (r = -0,148; p = 0,035). Conclusão: A frequência de burnout grave foi elevada entre os profissionais de saúde que trabalham na unidade de terapia intensiva e na unidade semi-intensiva. Existe uma correlação negativa entre burnout e engajamento com o trabalho.
ABSTRACT Objective: To evaluate the frequency of severe burnout syndrome among critical care providers and to correlate it with work engagement. Methods: A self-administered survey including the Maslach Burnout Inventory, Depression Anxiety and Stress Scales, and Gallup questionnaire was distributed. All analyses were stratified by setting (intensive care unit or step-down unit) and by professional group (nurses versus physicians versus physiotherapists). Results: Between February 2017 and June 2017, 206 out of 325 invited professionals (63.4%) answered the questionnaires. Of these, 55 were physicians (26.7%), 88 were physiotherapists (42.7%) and 63 were nurses (30.6%). The frequency of severe burnout was 34.3% (27.9 - 41.4%), and no difference was found between professional groups or settings. The frequency of severe or very severe cases of depression, anxiety or stress was 12.9%, 11.4% and 10.5%, respectively. The median (interquartile range) score observed on the Gallup questionnaire was 41 (34 - 48), and no differences were found between professional groups or settings. There was a negative correlation between burnout and work engagement (r = -0.148; p = 0.035). Conclusion: There is a high frequency of severe burnout among critical care providers working in the intensive care unit and step-down unit. There was a negative correlation between burnout and work engagement.