Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 2 de 2
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Pesqui. vet. bras ; 31(11): 938-952, Nov. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-608531

RESUMO

O objetivo deste trabalho é avaliar e comparar o efeito protetor da acetamida nas intoxicações por monofluoroacetato de sódio (MF) e por oito plantas brasileiras que causam "morte súbita" (PBCMS) (Palicourea marcgravii, P. juruana, Pseudocalymma elegans, Arrabidaea bilabiata, Amorimia (Mascagnia) rigida, M. pubiflora, Amorimia (Mascagnia) exotropica e M. aff. rigida) em ratos, bem como descrever o quadro clínico-patológico nos animais intoxicados. Foram utilizados 33 ratos da linhagem Wistar (Rattus norvegicus albinus), nove dos quais ingeriram espontaneamente folhas frescas de P. marcgravii nas doses de 2,0 e 4,0g/kg. Dois desses ratos receberam doses únicas de acetamida de 2,0 e 4,0g/kg, por via oral um minuto antes do fornecimento da planta. Outro rato recebeu 4,0g/kg de acetamida após ingerir 4,0g/kg da planta e manifestar sintomas graves. Nos experimentos com MF, foram administradas a quatro ratos doses de 4,0 e 8,0mg/kg; o intervalo de tempo entre a administração da acetamida e dos extratos concentrados ou do MF variou entre 2 a 4 horas. A dose de acetamida utilizada variou de 2,0 a 8,0g/kg. Nos experimentos com extratos concentrados das oito PBCMS, 20 ratos foram intoxicados por via oral com doses únicas ou repetidas. A acetamida, quando previamente administrada em doses suficientemente altas, evitou o aparecimento dos sinais clínicos ou morte dos animais intoxicados por MF, bem como pelas folhas frescas de P. marcgravii e com os extratos concentrados de cada uma das sete outras PBCMS utilizadas. Todos esses ratos foram novamente submetidos ao mesmo protocolo experimental, porém sem administração de acetamida. Nesses experimentos posteriores todos os ratos manifestaram sinais clínicos e morte (exceto M. aff. rigida, cuja amostra não se revelou tóxica). Todos os ratos apresentaram aurículas de leve a acentuadamente ingurgitadas e, por vezes, também as veias cava cranial e caudal. Havia moderada dilatação cardíaca direita e esquerda em três animais. O fígado de todos os animais apresentava-se de leve a acentuadamente congesto, e em alguns ratos, verificou-se evidenciação do padrão lobular. Observou-se ainda discreta a leve presença de líquido espumoso na superfície de corte dos pulmões em três ratos. O exame histopatológico evidenciou nos rins de seis dos 30 ratos leve a moderada tumefação citoplasmática dos túbulos uriníferos contornados distais e, por vezes, também nos túbulos coletores, mas somente em quatro (dois intoxicados por P. marcgravii, um por P. elegans e outro por A. exotropica) havia a clássica lesão de degeneração hidrópico-vacuolar com picnose nuclear evidente. No fígado de 26 animais havia congestão e, destes, três apresentaram estreitamento compressivo dos cordões hepáticos, oito corpúsculos de choque; em outros três, necrose focal de discreta a moderada. Observou-se ainda, de discreta a moderada vacuolização de hepatócitos em 16 animais. Este trabalho demonstra que a acetamida possui acentuado efeito protetor, capaz de prevenir os sinais clínicos e evitar a morte dos ratos intoxicados por MF, folhas frescas de P. marcgravii e extratos concentrados de outras sete PBCMS. O quadro clínico-patológico observado nos ratos intoxicados pelo MF e pelas PBCMS deste estudo, associado ao efeito protetor da acetamida, confirma que o MF é o princípio tóxico responsável pela morte dos ratos, e, por extensão, também dos bovinos que ingeriram PBCMS.


The protective effect of acetamide in poisoning by sodium monofluoroacetate (MF) and by eight Brazilian sudden death causing plants (BSDCP) (Palicourea marcgravii, P. juruana, Pseudocalymma elegans, Arrabidaea bilabiata, Amorimia (Mascagnia) rigida, M. pubiflora, Amorimia (Mascagnia) exotropica and M. aff. rigida) was studied using rats. Additionally the clinical and pathological picture of the poisoning was described. In these experiments 33 Wistar rats (Rattus norvegicus albinus) were used. Nine rats ate spontaneously the fresh leaves of P. marcgravii at amounts of 2.0 and 4.0g/kg. Two of the rats received orally single doses of acetamide (2.0 and 4.0g/kg) one minute before the plant was supplied. A third rat received 4.0g/kg of acetamide after consumption of 4.0g/kg of the plant and showed severe symptoms of poisoning. In the experiments with MF, doses of 4.0 and 8.0mg/kg were administered to four rats. The interval between the administration of either acetamide and concentrated plant extracts or MF ranged from 2 to 4 hours; the dose of acetamide ranged from 2.0 to 8.0g/ kg. In the experiments with concentrated extracts of eight BSDCP, 20 rats were orally poisoned with single or repeated doses. Acetamide, when previously administered, prevented the appearance of clinical signs and death in all of the rats poisoned by MF, as well as of the ones poisoned by fresh P. marcgravii leaves and by the concentrated extracts of each of the other BSDCP. These rats were re-subjected to the same experimental protocol, yet without the administration of acetamide. In these experiments, all of the rats evidenced clinical signs and death (except M. aff. rigida). All of the rats showed mild to markedly engorged atria, and sometimes also of the cranial and caudal vena cava. In three of the rats, there was a moderate right and left cardiac dilatation. The liver of all rats was slightly or markedly congested, with lobular pattern in some. There was frothy liquid on the cut surface of the lungs in three of the rats. The histopathology of the kidneys in six rats showed slight cytoplasmic swelling of the distal convoluted tubules and sometimes also of the collecting tubules. But only in four rats a vacuolar-hydropic degeneration with nuclear pyknosis was seen. Twenty-six rats showed liver congestion, three of them with compressive narrowing of the hepatic cords, and in eight rats shock corpuscles were observed; another three rats showed slight to moderate focal liver necrosis. A slight to moderate vacuolation of hepatocytes was observed in 16 rats. It can be concluded that acetamide had a protective effect, capable to prevent clinical signs and death of the rats poisoned by MF, and by fresh P. marcgravii leaves and concentrated extracts of seven other BSDCP. The clinical and pathological picture observed in the rats poisoned by MF and BSDCP, associated with the protective effect of acetamide, indicate that MF is the toxic principle responsible for death of the rats, and by extension, for the death of cattle that ate BSDCP.

2.
An. acad. bras. ciênc ; 82(3): 561-567, Sept. 2010. ilus
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-556791

RESUMO

The phytochemical investigation of Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. (Leguminosae-Mimosoideae), commonly known as "pau jacaré" (alligator stick), afforded sitosterol, campesterol, stigmasterol, the N-benzoylphenylalanine-2-benzoylamide-3-phenylpropyl ester, known as asperphenamate, sitosterol-3-O-β-D-glucopyranoside, besides three flavonoids, apigenin, 5-O-methylapigenin and 7,4'-dihydroxy-3',5-dimethoxyflavone from its branches. From its leaves, the methyl gallate and two flavonoids, vitexin and isovitexin, were isolated. From its bark, a mixture of sitosterol, campesterol, and stigmasterol, besides a mixture of cycloartenone, cycloartan-25-en-3-one, and 24-methylene-cycloartenone, and the pure triterpenes 24-methylenecycloartanol, friedelin, lupeol and lupenone, were isolated. Their structures were established on the basis of spectral analysis, comparison with literature data and GC-MS analysis of the mixtures. The ester, flavonoids and the cycloartanes are been identified for first time in the genus Piptadenia.


O estudo fitoquímico de galhos de Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. (Leguminosae-Mimosoideae), comumente conhecida como "pau jacaré", forneceu sitosterol, estigmasterol, o éster N-benzoilfenilalaninato de 2-N-benzoil-3-fenilpropila, conhecido como asperfenamato, 3-O-β-D-glicopiranosil-sitosterol, além de três flavonóides, apigenina (5,7,4'-triidroxiflavona), apigenina-5-O-metil éter e 7,4'-dihidroxi-3' , 5-dimetoxiflavona. Das folhas isolaram-se galato de metila e dois flavonóides, 8-C-glicopiranosil-5,7,4' -trihidroxiflavona e 6-C-glicopiranosil-5,7,4'-trihidroxiflavona, conhecidas como vitexina e isovitexina. Das cascas desta planta isolaram-se uma mistura de sitosterol, campesterol e estigmasterol; mistura de cicloartenona, cicloartan-25,26-en-3-ona e 24-metileno-cicloartanona, além dos triterpenos, 24-metilenocicloartenol, fridelina, lupeol e lupenona. As estruturas foram estabelecidas através de análise de espectros de IV, RMN ¹H e 13C e massas, além de análise com CG-EM para identificar os componentes das misturas de cicloartanos e esteróides. O éster conhecido como asperfenamato, os flavonóides e os cicloartanos estão sendo registrados pela primeira vez em Piptadenia.


Assuntos
Fabaceae/química , Casca de Planta/química , Extratos Vegetais/química , Folhas de Planta/química , Cromatografia em Gel , Fabaceae/classificação , Espectrometria de Massas
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA