RESUMO
A salinomicina foi avaliada no controle da eimeriose caprina em 27 cabritos mestiços distribuídos aleatoriamente em três tratamentos num delineamento inteiramente casualizado: T0, não medicados (grupo controle); T1 e T2, medicados com doses de 1 e 2mg de salinomicina/kg de peso vivo/dia, respectivamente. Na fase de cria, não houve diferença estatística (P>0,005) no ganho médio de peso (GP) entre os três tratamentos. Na fase de recria, o grupo T0 apresentou GP significativamente inferior (P<0,01) aos grupos T1 e T2; entre estes não houve diferença significativa (P>0,005). O número médio de oocistos por grama de fezes (OOPG) do grupo T0, nas duas fases estudadas, foi significativamente maior (P<0,01) ao dos grupos T1 e T2; sendo que os grupos tratados não diferiram (P>0,005) entre si. O grupo T0 apresentou rendimento médio de carcaça (RC) significativamente inferior (P<0,05) aos grupos T1 e T2; entre estes não houve diferença significativa (P>0,005). O peso médio da massa corporal (MC) do grupo T0 foi inferior (P<0,05) ao do grupo T2 e, não diferiu (P>0,005) do grupo T1; entre os grupos T1 e T2, não houve diferença significativa (P>0,005) no peso médio da massa corporal (MC). O uso da salinomicina nas doses de 1 e 2mg/kg, resultou em maior ganho de peso dos animais dos grupos T1 e T2 e, consequentemente, maior valor da margem bruta destes tratamentos. Os resultados obtidos mostraram que os T1 e T2 foram equivalentes para o controle da eimeriose caprina, uma vez que ambos os tratamentos apresentaram maior ganho de peso e oocistograma inferior ao grupo T0. Conclui-se que o tratamento com a salinomicina na dose de 1,0mg/kg é eficaz, desde que seja administrada a partir da segunda semana de vida.
RESUMO
Um levantamento em nível de campo sobre resistência anti-helmíntica em nematódeos gastrintestinais de caprinos foi realizado em 34 rebanhos no Estado do Ceará. Em cada rebanho foram separados 30 cabritos, de ambos os sexos, com idade variando de 1 a 6 meses, os quais foram individualmente pesados, identificados e distribuídos em três tratamentos: 1) Oxfendazole na dose de 4,75mg/kg; 2) Levamisole na dose de 7,5 mg/kg e 3) Controle (näo medicado). Os anti-helmínticos foram administrados de acordo com o peso individual de cada animal e, a dosagem utilizada para cada produto foi a recomendada pelo laboratório fabricante. Foram colhidas fezes dos animais de todos os tratamentos, para OPG e coprocultura, no dia da medicaçäo e 7 dias após. Dos 34 rebanhos avaliados, 7 (20,6 por cento) apresentaram resistência aos imidazóis, 6 (17,6 por cento) aos benzimidazóis e 12 (35,3 por cento) revelaram resistência múltipla. Apenas em 9 rebanhos (26,5 por cento), os nematódeos foram sensíveis aos anti-helmínticos avaliados. Através do questionário aplicado detectou-se que 52,9 por cento dos caprinocultores entrevistados usavam anti-helmínticos de amplo espectro. Os resultados das coproculturas mostraram que os gêneros sobreviventes à medicaçäo com oxfendazole foram principalmente Haemonchus sp, seguido em menor frequência por Oesophagostomum sp, enquanto que ao cloridrato de levamisole sobreviveram Haemonchus sp, Oesophagostomum sp e Trichostrongylus sp
Assuntos
Animais , Feminino , Masculino , Anti-Helmínticos/uso terapêutico , Cabras , Helmintos , Resistência a Medicamentos , Estômago de Ruminante/parasitologia , IntestinosRESUMO
Utilizaram-se 24 caprinos e 24 ovinos sem raça definida (SRD), machos, castrados com idade entre seis e doze meses e experimentalmente infectados com larvas infectantes de Haemonchus sp. Trinta e seis dias após a infecçäo, formaram-se seis grupos de oito animais, sendo os grupos um, dois e três compostos por caprinos e os grupos quatro, cinco e seis, por ovinos. Os grupos um e quatro foram tratados com invermectin oral (0,2 mg/kg), os grupos dois e cinco com netobimin oral (20 mg/kg) e os grupos três e seis serviram como testemunhas. Realizaram-se colheitas de fezes no momento da medicaçäo (hora zero) e as três, seis, nove e doze horas e a partir daí, em intervalos de doze horas até completar 168 horas. As fezes colhidas foram utilizadas para determinar o OPG individual dos animais e coprocultura por grupo. Ivermectin e netobimin foram 100% eficientes na reduçäo do OPG de Haemonchus sp em caprinos. O ivermectin apresentou reduçäo significativa (P<0,05) do OPG a partir de 12ª hora em ovinos e da 36ª hora em caprinos, enquanto que o netobimin apresentou a partir de 24ª hora, nas duas espécies. Ambos os produtos apresentaram alta atividade na esterilizaçäo de ovos de Haemonchus sp. As doses utilizadas para ovinos foram também eficazes para caprinos