RESUMO
Onicomicoses se apresentam como infecções fúngicas localizadas, muito freqüentes na prática dermatológica. Na grande maioria das vezes, são causadas por dois grupos: dermatófitos e leveduras do gênero Candida. Entretanto, em um pequeno percentual dos casos, os agentes etiológicos compreendem fungos filamentosos não-dermatófitos, pertencentes a vários gêneros e espécies. O objetivo deste trabalho foi o de apresentar dois casos de onicomicose associados à espécie Scytalidium dimidiatum em pacientes residentes em dois municípios do estado de Santa Catarina, Brasil. São discutidos aspectos relacionados a sua patogênese, epidemiologia, diagnóstico laboratorial e tratamento.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Ascomicetos/isolamento & purificação , Dermatoses do Pé/microbiologia , Onicomicose/microbiologia , Antifúngicos/uso terapêutico , Dermatoses do Pé/diagnóstico , Dermatoses do Pé/tratamento farmacológico , Itraconazol/uso terapêutico , Onicomicose/diagnóstico , Onicomicose/tratamento farmacológicoRESUMO
Neste trabalho foram avaliados aspectos epidemiológicos das micoses que acometem pacientes que foram atendidos no Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Florianópolis, e encaminhados para exame laboratorial, no período de agosto de 2001 a novembro de 2002. As micoses mais freqüentemente observadas foram dermatofitoses (22,1 porcento dos casos), candidíase (19,0 porcento dos casos) e Pitiríase versicolor (9,0 porcento dos casos). Trichophyton rubrum, observado em 52,3 porcento dos casos, foi o dermatófito mais prevalente, seguido pelo Trichophyton mentagrophytes, diagnosticado em 31,8 porcento dos casos. Tinea pedis e Tinea unguium foram as formas clínicas mais freqüentes, com 38,6 porcento e 35,2 porcento dos casos, respectivamente. Pacientes do sexo masculino apresentaram freqüências de infecção por T. rubrum significativamente maiores que aqueles do sexo feminino (p=0,0002). Com relação a candidíase, os pacientes do sexo feminino apresentaram uma freqüência significativamente maior que pacientes do sexo masculino (p=0,0048). Com relação a Pitiríase versicolor verificou-se que esta micose foi mais freqüente em pacientes com idade inferior de 22 anos e do sexo masculino (p=0,0031). Estes resultados sugerem que existem características epidemiológicas peculiares a cada uma das principais micoses de importância na rotina dermatológica.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Candidíase/epidemiologia , Dermatomicoses , Micoses , Tinha Versicolor , Hospitais Universitários , Onicomicose , Tinha dos Pés , TrichophytonRESUMO
Paciente com 28 anos, sexo feminino, branca, união estável, do lar, natural de Santa Catarina, sabidamente com HIV positivo, evoluindo há 2 meses com emagrecimento (13 kg), astenia, tosse com pouca expectoração, febre intermitente e linfonodomegalia generalizada. Associadas lesões de pele de localização restrita à face e fronte. No palato, úlceras orais dificultam a deglutição. Realizados exames: dermatológico, complementarem incluindo contagem de leucócitos CD4, pesquisa de BAAR no escarro e radiografia de tórax, que mostraram: diminuição absoluta e relativa dos linfócitos CD4, ausência de BAAR no escarro, consolidações alveolares e nódulos acinares difusos em ambos pulmões, respectivamente. O exame histopatológico demonstrou a presença de histiócitos vacuilados subepidérmicos contendo numerosos microorganismos arredondados intracitoplasmáticos, permeados por denso infilltrado inflamatório mono e polimorfonuclear, com áreas de supuração e necrose focal