Abertura à experiência e preferência em obras de arte figurativas e não figurativas / Opening to experience and preference for figurative and non-figurative works of art / Apertura a la experiencia y preferencia por obras de arte figurativas y no figurativas

A arte não representacional é outra maneira de aludir à arte abstrata, sendo um estilo no qual os objetos não se parecem com aqueles que se apresentam na natureza física concreta. No último século, foram realizadas investigações experimentais sobre estética e personalidade objetivando revelar fatores contribuintes para as diferenças quanto às preferências artísticas. Este estudo explorou as associações entre abertura à experiência e preferência por arte visual. Os participantes completaram a Escala Fatorial de Abertura e classificaram a preferência por quatro imagens diferentes correspondentes à arte representativa e não representativa. A análise estatística dos dados revelou uma correlação positiva entre o fator Fantasia e a apreciação pelas pinturas abstratas (r =.20). Não foi verificada uma correlação estatisticamente significativa entre essa dimensão e a apreciação de pinturas figurativas. Embora esses achados sejam exploratórios, outras medidas mais completas relacionadas às diferenças individuais e preferências artísticas poderão ser utilizadas em novos estudos no Brasil.

Nonrepresentational art is another way to refer to abstract art elating to a style in which objects do not resemble those known in physical nature. In the last hundred years some experimental investigations of aesthetics and personality have been conducted to reveal fundamental factors which contribute to differences in artistic preference. This study explored associations among openness to experience and preference for visual art. Participants completed an Openess Fatorial Scale and provided preference ratings for different paintings corresponding to representational and nonrepresentational art. The statistical analysis of the data showed a positive correlation between the fantasy factor and appreciation for abstract paintings (r =.20). Here was no statistically significant correlation between this same dimension and the appreciation for figurative paintings. Although these findings are somewhat exploratory and more comprehensive measures of individual differences and art preferences could be employed in new studies in Brazil.

El arte no representacional es otra forma de referirse al arte abstracto que se adapta a un estilo en el que los objetos no se parecen a los que se conocen en la naturaleza física concrecta. En el siglo se han llevado a cabo investigaciones experimentales sobre estética y personalidad para revelar los factores contribuintes a las diferencias en preferencias artísticas. Los participantes completaron una Escala Fatorial de Abertura a experiencia y otorgaron calificaciones de preferencia para 4 diferentes images correspondientes al arte representativa y no representativa. El análisis estadístico de los datos mostró correlación entre el factor fantasía y y la apreciación de pinturas abstractas (r =.20). No fue verificada una correlación estadísticamente significativa entre esta dimension y la apreciación de las pinturas figurativas. Aunque estos hallazgos son exploratorios y podrían emplear medidas más completas de diferencias individuales y preferencias artísticas en nuevos estudios en Brasil.

Understanding Lies Based on Evolutionary Psychology: A Critical Review / O Entendimento da Mentira com Base na Psicologia Evolucionista: Uma Revisão Crítica / La Comprensión de la Mentira Basada en la Psicología Evolucionista: Una Revisión Crítica

Abstract The present article aims to propose a theoretical discussion regarding the role of lying based upon the Evolutionary Psychology perspective by shedding a new light on the main studies conducted in this area. In order to do so, this article addresses the phylogenies and ontogenies of the capability to lie, both suggesting that the rise of lying as a pro-social deed is intimately related with Homo sapiens incredibly broad and complex communication skills. Like so, the paper continues on expatiating on the underlying cognitive and neuronal mechanisms of lying and lying recognition, as well as the differences amongst genders concerning the ability to recognize deceit. Broadly, the present theoretic study may elucidate the current state of knowledge regarding the topic, thus signaling necessary and more promising paths for future studies to follow with the purpose of contributing to fields where the act of uttering lies is highly present, such as the judicial context.

Resumo O presente artigo tem por objetivo propor uma discussão teórica sobre o papel da mentira a partir da perspectiva da Psicologia Evolucionista, trazendo uma nova luz sobre os principais estudos realizados nessa área. Para tanto, este artigo aborda as filogenias e ontogenias da capacidade de mentir, ambas sugerindo que a ascensão da mentira como ação pró-social está intimamente relacionada às habilidades de comunicação incrivelmente amplas e complexas do Homo sapiens. Assim, o artigo discute os mecanismos cognitivos e neuronais subjacentes ao reconhecimento de mentiras, bem como as diferenças entre os gêneros em relação à capacidade de reconhecer o engano. Em linhas gerais, o presente estudo teórico pode elucidar o estado atual do conhecimento sobre o tema, sinalizando percursos necessários e mais promissores para futuros estudos, com o objetivo de contribuir para campos onde o ato de proferir mentiras está muito presente, como o contexto judiciário.

Resumen El presente artículo tiene como objetivo proponer una discusión teórica sobre el papel de la mentira a luz de la Psicología Evolucionista a partir de los principales estudios desarrollados en esta área. El artículo discurre sobre la filogénesis y la ontogénesis de la capacidad de mentir, discutiendo los mecanismos que viabilizan la ocurrencia de la mentira en la especie humana. El trabajo sugiere que el desarrollo de la mentira como práctica pro-social está íntimamente relacionado con la vasta capacidad de comunicación del Homo sapiens, discurriendo sobre los mecanismos cognitivos y neurales subyacentes, así como la diferencia entre géneros en lo que se refiere al reconocimiento del engaño. En general, el presente estudio teórico puede elucidar el estado actual de conocimiento sobre el asunto, indicando caminos necesarios y más prometedores para nuevos trabajos, a fin de colaborar para campos de actuación donde el acto de proferir mentiras se hace más presente, como, por ejemplo, el contexto judicial.