RESUMO
Conhecer as condutas terapêuticas e diagnósticas dos pediatras em serviços de emergênciafrente a crianças em crise convulsiva. Estudo transversal, consistindo de um questionário estruturado sobre o tratamento da crise convulsiva aplicado a 31 pediatras de emergências de Petrópolis.A maioria dos pediatras (80 por cento, IC 62,5-92,5) trata a criança sempre que chega à emergência em crise, independentemente de sua duraçäo. O diazepam endovenoso é a primeira droga usada por todos. Há um grande uso de fenobarbital intramuscular (61 por cento, 42,1-78,1), sendo a fenitoína endovenosa a segunda opçäo (58 por cento, 39,0-75,4). Poucos usam o diazepam retal (10 por cento, 2,0-25,7), fenobarbital endovenoso (23 por cento, 9,6-41,1) e midazolam endovenoso (19 por cento, 7,4-34,5). As medidas de suporte na convulsäo säo adequadamente usadas pela quase totalidade dos entrevistados. A grande maioria dos entrevistados (75 por cento, 55,4-88,1) tem acesso ao parecer do especialista para decisöes quanto à internaçäo, realizaçäo de exames complementares, e prescriçäo de medicaçäo para casa. Há uma identificaçäo imprecisa das indicaçöes de punçäo lombar na convulsäo febril. Dezenove entrevistados (61 por cento) acham importante a opiniäo do neurologista na emergência. Noventa e quatro por cento dos entrevistados (78,6-99,2) mostram desejo de reciclage, principalmente sobre estado de mal epiléptico (96 por cento, 74,2-97,6) e drogas antiepilépticas (80 por cento, 55,4-88,1). O atendimento das crianças em crise convulsiva é feito satisfatoriamente pelos pediatras. Algumas orientaçöes devem ser feitas sobre administraçäo de drogas antiepilépticas e a investigaçäo da convulsäo febril. O interesse pela reciclagem abre caminho para propostas de educaçäo continuada na área de epilepsia