RESUMO
O presente estudo tem por objetivo identificar a presença de sintomas depressivos em usuários de cuidados em atenção primária e avaliar a associação entre as características sociodemográficas e o impacto desses sintomas na qualidade de vida. Trata-se de um estudo transversal com uma amostra consecutiva de 95 pacientes que consultaram em uma unidade básica de saúde. Para mensurar os sintomas depressivos e a qualidade de vida utilizou-se o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e o WHOQOL-Bref, respectivamente. Não se encontrou associação significativa entre os dados sociodemográficos, os sintomas depressivos e a qualidade de vida. Entretanto, 44 clientes (46%) apresentaram sintomas depressivos associado significativamente a uma pior qualidade de vida em todos os domínios (p < 0,001).Os dados apontam para a importância de se estar atento à presença de depressão, mesmo em usuários de atenção primária, devido ao impacto negativo que os sintomas depressivos acarretam na qualidade de vida.