RESUMO
Objetivo: Avaliar a condição anatômica e funcional da veia safena magna após ressecção parcial, proximal(região da coxa) e distal(região do tornozelo), para angioplastia carotídea, e verificar sua possível utilização em cirurgias arteriais.Método: Trinta e um pacientes foram submetidos à cirurgia da artéria carótida, utilizando-se patch de veia safena para fechamento da arteriotomia no Serviço de Cirurgia Vascular da Universidade de Iowa, Estados Unidos, entre julho de 1992 e janeiro de 1995.Vinte e seis pacientes tiveram ressecção parcial proximal da veia safena magna(grupo A) e cinco tiveram ressecção distal ( grupo B). A veia safena magna foi totalmente avaliada em ambos os membros inferiores através do eco-Doppler vascular, com medida dos diâmetros em cinco pontos: região inguinal, coxa, joelho, perna e tornozelo.Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos (A e B) quanto ao tamanho das incisões cirúrgicas, segmentos de veias pérvios, diâmetros mínimos e máximos. Apenas dois pacientes do grupo A(7,69 por cento) e um do grupo B(20 por cento) apresentaram perda de segmento residual da veia safena magna, sendo todos homens e com idade superior a 77 anos. Nenhum paciente apresentou segmento venoso pérvio com menos de 2mm de diâmetro ao eco-Doppler.Conclusões: A ressecção parcial da veia safena magna ao nível de coxa e tornozelo, a fim de ser utilizada para angioplastia carotídea, apresenta pequeno índice de perda residual (9,67 por cento). Sua utilização prévia não exclui seu uso em futuros procedimentos arteriais.