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1.
Arq. bras. psicol. (Rio J. 2003) ; 70(3): 128-147, set./dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-982207

RESUMO

A tradição filosófica iniciada por Edmund Husserl, a fenomenologia, e a teoria histórico-cultural, desenvolvida por Vigotski, rompem com a ideia da consciência cartesiana, como algo fechado. Ambas as concepções propiciam uma rica perspectiva de estudo das psicopatologias. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo é contrastar as descrições provenientes da fenomenologia com as tentativas de explicação desse fenômeno desenvolvidos por Vigotski. Uma das posições mais aceitas entre os fenomenológos contemporâneos compreende essa patologia como um distúrbio do self, decorrente de alterações da estrutura da temporalidade, da corporalidade e das relações sociais. Para Vigotski, a esquizofrenia decorre da desintegração da formação conceitual da consciência, ocasionando o prejuízo na percepção da realidade, dos outros e de si mesmo. Por fim, apontaremos alguns nexos possíveis por meio do contraste das duas abordagens sobre estados patogênicos típicos da esquizofrenia


The philosophical tradition initiated by Edmund Husserl, phenomenology, and the historical-cultural theory, developed by Vygotsky, break with the idea of consciousness as something closed. Both conceptions provide a rich perspective on the study of psychopathology. In this sense, the aim of the present article is to contrast the descriptions coming from phenomenology with the attempts of explanation of this phenomenon developed by Vygotsky. One of the most accepted positions among contemporary phenomenologists understands this pathology as a disturbance of the self, causing changes in temporality, corporality and social relations. For Vygotsky, schizophrenia stems from the disintegration of the conceptual formation of consciousness. As a result of this, there is a loss in the perception of reality, of others and of oneself. Finally, we will point out some possible links through the contrast of the two approaches to pathogenic states typical of schizophrenia


La tradición filosófica iniciada por Edmund Husserl, la fenomenología y la teoría histórico-cultural, desarrollada por Vygotsky, rompen con la idea de la conciencia cartesiana como algo cerrado. Ambas concepciones propician una rica perspectiva de estudio de las psicopatologías. En ese sentido, el objetivo del presente artículo es contrastar las descripciones provenientes de la fenomenología con los intentos de explicación de ese fenómeno desarrollados por Vigotsky. Una de las posiciones más aceptadas entre los fenomenólogos contemporáneos comprende esa patología como un desorden del self, resultante de alteraciones de la estructura de la temporalidad, de la corporalidad y de las relaciones sociales. Para Vigotski, la esquizofrenia deriva de la desintegración de la formación conceptual de la conciencia, ocasionando el perjuicio en la percepción de la realidad, de los demás y de sí mismo. Por último, apuntaremos algunos nexos posibles por medio del contraste de los dos enfoques sobre estados patógenos típicos de la esquizofrenia


Assuntos
Humanos , Psicologia/história , Esquizofrenia/patologia
2.
Psicol. esc. educ ; 22(1): 195-203, jan.-abr. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-955680

RESUMO

A utilização do pensamento vigotskiano para contrapor o modelo experimental positivista foi um dos destinos de sua teoria no ocidente. Uma das apropriações de Vigotski foi feita pelo construcionismo social. Tal movimento teórico tem sido utilizado como método de pesquisa em várias áreas do saber, inclusive no contexto educacional. Nesse sentido, realizamos uma análise comparativa entre os conceitos de Vigotski que são utilizados por esse movimento e suas implicações para a teoria do conhecimento. Constatamos que alguns conceitos de Vigotski são tomados sem se levar em conta a totalidade de sua obra, principalmente sua concepção de linguagem. Argumentaremos que autores como Gergen e Shotter generalizaram as explicações de Vigotski sobre o desenvolvimento infantil para todos os estágios do desenvolvimento cultural. Por fim, analisaremos a compreensão construcionista de imaginação. Demonstraremos que separar a imaginação da explicação de Vigotski sobre a relação entre linguagem e pensamento levou o construcionismo a uma interpretação pós-moderna desse psicólogo soviético.


The use of Vygotsky's thought to counter the positivist experimental model was one of the fates of his theory in the West. One of Vygotsky's appropriations has made by social constructionism. This theoretical movement has been used as a research method in several areas of knowledge, including in the educational context. In this sense, we perform a comparative analysis of the concepts of Vygotsky that are used by this movement and its implications for the theory of knowledge. We find that some concepts of Vygotsky are taken without taking into account the totality of his work, especially his conception of language. We will argue that authors like Gergen and Shotter generalized Vigotski's explanations on child development for all stages of cultural development. Finally, we will analyze the constructivist understanding of imagination. We will show that separating the imagination from Vygotsky's account of the relationship between language and thought has led constructionism to a postmodern interpretation of this Soviet psychologist.


La utilización del pensamiento de Vygotsky para contraponer el modelo experimental positivista fue uno de los destinos de su teoría en el occidente. Una de las apropiaciones de Vygotsky se hiso por el construccionismo social. Tal movimiento teórico ha sido utilizado como método de investigación en varias áreas del saber, inclusive en el contexto educacional. En ese sentido, realizamos un análisis comparativo entre los conceptos de Vygotsky que son utilizados por ese movimiento y sus implicaciones para la teoría del conocimiento. Constatamos que algunos conceptos de Vygotsky son tomados sin llevarse en cuenta la totalidad de su obra, principalmente su concepción de lenguaje. Argumentaremos que autores como Gergen y Shotter generalizaron las explicaciones de Vygotsky sobre el desarrollo infantil para todas las etapas del desarrollo cultural. Por fin, analizaremos la comprensión construccionista de imaginación. Demostraremos que separar la imaginación de la explicación de Vygotsky sobre la relación entre lenguaje y pensamiento llevó el construccionismo a una interpretación post-moderna de ese psicólogo soviético.


Assuntos
Humanos , Psicologia , Pesquisa
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