RESUMO
A hiperosmolaridade periférica produzida por infusões endovenosas de soluções de cloreto de sódio hipertônico exerce vários benefícios quando empregada no tratamento do choque hemorrágico em humanos e animais experimentais. Os mecanismos pelos quais estas soluções exercem seus benefícios ainda são motivos de controvérsias, mas provavelmente envolvem expansão de volume plasmático, vasodilatação pré-capilar, venoconstrição, aumento da contratilidade cardíaca e possivelmente uma ação no sistema nervoso central. O objetivo primário deste estudo foi investigar a participação de vias neurais no binômio hipertônica-hemorragia. Com este propósito, nós avaliamos os efeitos de soluções endovenosas de salina hipertônica (NaCl 18 por cento) sobre a pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC) em ratos anestesiados, submetidos ao choque hemorrágico obtido por sangramento controlado nas seguintes situações: 1. em animais intactos, 2. após vagotomia bilateral, 3. após desnervação sinoaórtica e 4. após desnervação seletiva, aórtica ou carotídea. Foram utilizados ratos Wistar machos (280320g) anestesiados com tiopental sódico i.v. (40 mg/kg) após indução com halotana (2 por cento em 02 100 por cento). Catéteres foram inseridos na veia e artéria femoral esquerda para administração anestésica e medidas de PAM e FC respectivamente. Uma cânula foi inserida na veia jugular direita para sangramento e infusão de soluções salinas. As cânulas para registro da PAM e FC foram conectadas a um transdutor de pressão acoplado a um amplificador e a um sistema de aquisição de análise de dados. Os ratos foram sangrados no intervalo de 30 minutos (2 por cento do peso corpóreo, suficiente para reduzir a pressão arterial média para 60 mmHg) e mantidos hipotensos por mais 30 minutos. A PAM e FC foram analisadas imediatamente antes e após 10, 20, 30, 40, 50, e 60 minutos do início do sangramento. Após este período, os animais recebiam as infusões de salina hipertônica (NaCl 18 por cento) ou salina isotônica (NaCl 0,9 por cento)no volume de 0,18 mU100g de peso corporal, em dose única durante 2 minutos, registrando-se novamente os parâmetros cardiovasculares a cada 10 min até 60 min do término da infusão. Os procedimentos para as desnervações quando pertinentes, eram realizados após a indução do choque hipovolêmico e antes das infusões. Os resultados obtidos demonstraram que: a. em ratos intactos submetidos ao choque hemorrágico, as infusões de NaCl 18 por cento rapidamente (au)
Assuntos
Denervação , Soluções Hipertônicas , Ressuscitação/métodos , Choque Hemorrágico , Seio Aórtico/inervaçãoRESUMO
O jejum provoca alteraçöes significatias em vários parâmetros hemodinâmicos. No presente trabalho analisamos a participaçäo dos íons sódio, do balanço hídrico e a ingestäo de glicose em ratos com hipertensäo renal, privados de alimentaçäo sólida. Ratos com hipertensäo modelo Goldblatt 2 rins, clipe (HG2) foram privados de raçäo por três dias, mantendo-se o consumo de água da fase controle pré-jejum. Os animais foram divididos em três grupos: I. recebendo água; II recebendo íons sódio dissolvidos em água; III. recebendo glicose (2g/100g de massa corporal) dissolvidos em água. Os resultados mostram que houve reduçöes significativas da pressäo arterial e massa corporal nos três grupos, no entanto, o coeficiente de correlaçäo entre ambas reduçöes näo foi significativo. A excreçäo fracional de água se manteve no grupo I e aumentou nos grupos II e III; o balanço de ions sódio foi negativo nos grupos I e III, mantendo-se sem alteraçöes significativas no grupo II. Estes resultados sugerem que durante a privaçäo de alimentos sólidos, a ingestäo de glicose, a manutençäo do balanço hídrico do organismo, ou de íons sódio, de per si, säo incapazes de impedir a reduçäo da pressäo arterial em ratos HG2